quinta-feira, 6 de outubro de 2011

Pó de Diamante


O pó de diamante é uma nuvem composta de cristais de gelo muito pequenos. Este fenômeno meteorológico também é chamado simplesmente de cristais de gelo. O pó de diamante geralmente se forma sob o céu limpo. É mais comumente observado na Antártida e no círculo ártico, mas ele pode ocorrer em qualquer lugar com uma temperatura bem abaixo do grau de congelamento. Nas regiões polares o pó de diamante pode durar vários dias, sem interrupção.

O pó de diamante é semelhante a um nevoeiro; contudo, diferencia-se deste por duas razões principais. Geralmente, o nevoeiro refere-se a uma nuvem composta da água líquida (o nevoeiro de gelo normalmente se refere ao nevoeiro que se formou como água líquida e logo se congelou, e freqüentemente parece ocorrer em vales pela poluição transportada pelo ar, como em Fairbanks, a Alasca, enquanto o pó de diamante se forma diretamente como gelo). Também, o nevoeiro é uma nuvem bastante densa que reduz significativamente a visibilidade, enquanto o pó de diamante é normalmente muito fino e pode não ter nenhum efeito na visibilidade (há muito menos cristais em um volume do ar do que há gotinhas de água no mesmo volume de nevoeiro). Contudo, o pó de diamante muitas vezes pode reduzir a visibilidade, em alguns casos a menos de 600 m (2,000 pés).

Pó de Diamante

A profundidade da camada de pó de diamante pode variar substancialmente de espaços mínimos, como 20 ou 30 m (66 a 98 pés) até 300 metros (980 pés). Como o pó de diamante nem sempre reduz a visibilidade, muitas vezes é notado primeiro pelos breves relâmpagos causados quando os cristais minúsculos, que caem pelo ar, refletem a luz solar nos nossos olhos. Este efeito brilhante dá ao fenômeno o seu nome, já que ele se assemelha a minúsculos diamantes brilhando no ar.

Esses cristais de gelo normalmente se formam quando ocorre uma inversão de temperatura na superfície da terra, e o ar mais quente do alto se mistura com o ar mais frio de perto de baixo. Como o ar quente freqüentemente contém mais vapor de água do que o ar mais frio, esta mistura também normalmente transportará o vapor de água no ar perto da superfície, causando a umidade relativa do ar perto superficial aumentar. Se o aumento de umidade relativo perto da superfície for bastante grande, os cristais de gelo poderão então se formar.

Para formar o pó de diamante a temperatura deve estar abaixo do ponto de congelamento da água, 0 °C, ou o gelo não pode se formar ou iria se fundir. Contudo, o pó de diamante não muitas vezes é observado em temperaturas perto de 0 °C. Em temperaturas entre 0 °C e aproximadamente -39 °C, o aumento da umidade relativa pode causar nevoeiro ou o pó de diamante. Isto porque as gotinhas muito pequenas de água podem fazer o líquido permanecer bem abaixo do ponto de congelamento, um estado conhecido como de água superesfriada. Em áreas com muitas pequenas partículas no ar, como poluição humana ou fontes naturais de poeira, as gotinhas de água provavelmente serão capazes de congelar a uma temperatura de aproximadamente -10 °C, mas em áreas muito limpas, onde não há quaisquer partículas (núcleos do gelo) para ajudar nas gotículas da geada, elas podem permanecer em estado líquido a -39 °C, no ponto em que as gotinhas de água, mesmo as muito pequenas e puras, se congelarão. No interior da Antártida, o pó de diamante é regularmente comum em temperaturas abaixo de aproximadamente -25 °C.

Nestes dois vídeos do youtube, podemos ver o fenômeno em impressionantes gravações (que não dizem se são montagens ou não) feitas no extremo norte do Japão, na ilha de Hokkaido:


O pó de diamante associa-se muitas vezes com halos em volta do sol e outros fenômenos óticos relacionados. Isso ocorre porque os cristais do pó de diamante se formam diretamente como gelo (ao contrário das gotas de água congeladas), e porque eles geralmente se formam lentamente. Esta combinação resulta em cristais com formas bem definidas, normalmente chapas hexagonais ou colunas. Essas formas, como um prisma, podem refranger a luz em direções específicas. Alguns halos similares também podem ser vistos embaixo de uma nuvem-cirro, mas o pó de diamante pode criar muito mais exposições espetaculares porque os cristais de gelo ficam todos em volta do observador.

Enquanto o pó de diamante pode ser visto em qualquer área do mundo que tenha invernos frios, ele é mais frequente no interior da Antártida, onde é comum o ano inteiro. No ano de 1970, verificou-se que o pó de diamante caía em média durante 316 dias por ano, e estima-se que mais de 70% da precipitação em 1967 tenha caído na forma de pó de diamante.

O pó de diamante pode causar às vezes um problema nas estações de pesquisa do tempo. O cielômetro (instrumento que determina a altura da base das nuvens) e o sensor de visibilidade nem sempre interpretam corretamente o pó de diamante quando este cai e informam a visibilidade como de índice zero ("céu nublado"). Contudo, um observador humano notaria corretamente o céu claro e a visibilidade irrestrita.

FONTE: http://en.wikipedia.org/wiki/Diamond_dust

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