quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

Prefeitura vai fechar algumas escolas

Segunda-feira, 25.10.2010, 12:07pm
Da redação
ojornal@mdbrasil.com.br


A diretora do DEMEC (Departamento Municipal de Educação e Cultura), Maria Cristina Rangel Martinez, confirmou ao “O Jornal” que para diminuir custos, algumas escolas de tempo integral serão fechadas e os alunos serão remanejados para outras escolas.
“É verdade sim [o fechamento de algumas escolas de tempo integral em 2011]. Nós temos 8 escolas de tempo integral, mais as CEMEIs e as pré-escolas. Neste momento, nós estamos fazendo o planejamento para 2011. É o momento em que sabemos a demanda que nós temos para o ano que vem. Estudando a demanda, percebemos que algumas escolas em alguns bairros possuem 90 ou 110 alunos e as escolas próximas estão ociosas. Nós não estamos acabando com as escolas de tempo integral, apenas as escolas maiores receberão as menores. Porque aí evita gastos, é menos um diretor, um coordenador, menos funcionários. Vamos continuar atendendo em período integral, mas estamos racionalizando”, explicou Cristina Rangel.
A diretora não sabe ainda quantas escolas vão fechar. “No momento eu não posso afirmar quantas escolas serão fechadas. Vai depender do bairro. Santaella por exemplo, não tem outra escola próxima, é só o Augusto Vieira que é distante e não consegue atender. As demais não posso falar pois nós não efetuamos legalmente o que vai acontecer. Já comecei a fazer reuniões com as regiões e agora tenho que fechar os dados que tenho com todos os diretores aqui no Departamento para que a gente possa se pronunciar”, destaca Cristina Rangel.
Bebedouro conta atualmente com oito escolas de tempo integral: EMEB Apparecida Zacarelli Molinari (Jd. Cláudia I), Arnaldo de Rosis Garrido (Jd. Alvorada), João Pereira Pinho (Jd. Tropical), José Caldeira Cardoso (Jd. De Lúcia), Lellis do Amaral Campos (Jd. Alto da Boa Vista), Maria Fernanda Lopes Piffer (Residencial Antônia Santaella), Paulo Rezende Torres de Albuquerque(Residencial Bebedouro) e Alfredo Naime (Povoado de Andes).
“Algumas escolas têm cerca de 100 alunos e isso cabe dentro de uma outra. Nós temos escolas com 15 alunos por classe, quanto a média é 25. Dessa forma uma escola consegue atender a outra. É uma forma de racionalizar. Essa questão estamos fazendo em conjunto com os diretores”, explica a diretora do DEMEC.
A expectativa da diretora é que ocorra uma boa redução de custos. “Nas escolas com 100 alunos, tem diretor, professor-coordenador, cerca de 5 a 8 funcionários, instrutores, professores, quer dizer que acaba reduzindo custos pois um professor que trabalhava com 15 alunos vai trabalhar agora com 25. Nas escolas do Estado é 35 ou 40 alunos. Nós colocamos 25 até o terceiro ano e nas demais séries 30. O nosso número já é reduzido a partir da portaria de demanda que foi publicada. Só que nós precisamos enxugar porque tem classes que estão com 15 alunos”, afirma Cristina Rangel.
A diretora nega que vá haver demissão pois os funcionários efetivos serão mantidos e parte dos contratados não terão seus contratos renovados, o que embora ela não admita é demissão. “Não tem demissão, pois diversos diretores são contratados. São professores que foram afastados para assumir a direção. Temos escolas sem direção efetiva, porque o nosso compromisso é com os efetivos. Com relação aos efetivos, não vai ter problema nenhum. Nós temos instrutores espalhados por várias escolas e se concentrarmos tudo em poucos lugares, diminuiremos o número de instrutores. Foram contratados através de processo seletivo e por isso não temos aquele compromisso de ser obrigado a ficar com eles. Ninguém efetivo será dispensado”, esclarece a diretora do DEMEC.
Questionada sobre a necessidade de transporte para levar os alunos das escolas fechadas, a diretora do DEMEC destacou que não será necessário, pois a distância entre as escolas é curta.
A previsão da diretora é que nos próximos dias sejam definidas as escolas que serão fechadas. “Precisamos resolver isso com urgência pois em meados de novembro começam as atribuições. Vamos ter as remoções agora e depois começam as atribuições. Estamos racionalizando porque estamos tratando com dinheiro público que deve ser gasto com decência onde precisa. Nossa folha de pagamento com tudo isso aí está ultrapassando o que a gente recebe do Fundeb”, explicou Cristina Rangel.
A diretora explicou ainda que a informação sobre o fechamento das escolas não era para ter sido divulgada, mas o pessoal acabou levando o assunto para os ouvidos dos vereadores. “Essa informação não era para ser ventilada, mas tem o pessoal que trabalha com 90 alunos e agora vai ter que trabalhar com 600, como acontece no Pinho onde tem mais de 600 alunos e o diretor ganha a mesma coisa daquele que trabalha com 90 e com relação a isso eles vão ter que trabalhar mais. A responsabilidade é maior, então teve gente que já bateu no ouvido de vereador e acabou desenrolando tudo isso. Mas tudo bem, tenho a consciência tranquila de que estou fazendo o melhor para a Educação”, finalizou Cristina Rangel.

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