domingo, 21 de agosto de 2011

O dia depois de ontem

Abrindo a temporada de textos do blog post-férias, nada como reflexões sobre o dia depois de ontem (ou seja, hoje!)


Nada como a perspectiva do hoje para que façamos o amanhã...

É comum no dia a dia de nossas vidas a gente se deparar com a necessidade de escolher. Todo o tempo temos uma escolha para fazer. Aliás, a vida por si só é uma escolha (apesar de “arte do encontro”).
As escolhas, por mais insignificantes que venham a se mostrar, são sempre atitudes. Ora, se a vida é escolha e escolha é uma atitude, temos que a vida é atitude. Assim se a vida é atitude, a falta dela é quase a morte.
De nada vale respirar se a única mudança na vida se deve ao movimento involuntário de rotações e translações da nave global. Os que assim se esperam, fazem-se vegetais de si próprios, parasitas de um espaço desocupado na presença ausente de si mesmos.
O fato é que como bem disse Maria, quem quer alguma coisa tem que fazer alguma coisa. E a vida se baseia em querer, porque os mais radicais poderão alegar que a própria indiferença é uma atitude e, então, a vida também será indiferença.
Mas não há como se gratificar e congratular consigo ao viver uma vida indiferente. Tampouco se sentirá o prazer de causar orgulho ou admiração naqueles que queremos bem e aos quais queremos o melhor.
Pelo contrário, a indiferença avilta o espírito manso que sempre anseia pelo amanhã mais solidário, em um futuro mais benevolente aos que ainda hoje sofrem.
Há que se construir o próprio futuro sem esperar que ele aconteça à nossa revelia. Precisamos tomar as rédeas do nosso destino, sob pena de, inertes em nossa descaminho, percebermo-nos lançados numa longa queda que se estende, ela sim, indiferente ao nosso medo e a nós.
Ora, quem quer algo novo precisa fazer algo novo. Não me adianta viver o dia seguinte em repetição ao dia anterior. Antes, precisamos despertar o que haja de empreendedor e desafiante no que é nosso para que, o depois seja mesmo melhor do que o antes se mostrou.

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