O desenho para determinados fins de estudo como por exemplo na botânica, zoologia, etc., usa também este critério de eliminar alguns aspectos da forma observada e dar apenas realce aos aspectos que se querem transmitir. Omite deliberadamente alguns elementos fazendo uma síntese do que é considerado essencial no objectivo de estudo. O artista desenhador também omite, consciente ou incoscientemente determinados aspectos da realidade que está a representar, tornando outros mais vincados (fig. 11). Mesmo que uma imagem se aproxime imenso do facto ou personagem retratados, ela não é mais do que uma "ilusão" dessa realidade e como tal uma das representações possíveis dela. Neste sentido o desenhador faz uma síntese do que vê e representa apenas o que pretende transmitir. É neste facto que reside acima de tudo o grande e verdadeiro poder do desenho, o de "manipular a realidade" dirigindo a atenção do observador para os factos que se pretendem transmitir. É o artista que livremente escolhe e expõe o que julga essencial expressar.
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O desenho de esboço está sempre presente no atelier de quem projecta. É a partir dele que os pintores, arquitectos (fig. 14)*, designers, trabalham. Pensam, recolhem dados, fomulam hipóteses, projectam. Cineastas, coreógrafos, cenógrafos, fazem constante uso dele no decurso do seu trabalho de concepção e nos projectos que elaboram. O recurso ao desenho esquemático, ao esboço, é feito praticamente por todas as pessoas, quando individualmente ou em grupo, organizam raciocínios, factos, constatações, estudos, percursos e fases de trabalho.
Como tal o desenho de sintese não pode ser equiparado ao esboço, pq no esboço não se sintetisa, explora-se, procura-se. isto de uma forma muito sucinta" (Opinião de um docente da FAUP, J.M. - 22-5-05) |
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