No evento de apresentação do Black Gol promovido pela Volkswagen semana passada em São Paulo, tivemos a oportunidade de dirigir e avaliar brevemente alguns modelos da marca. Como um dos mais solicitados pelos leitores é o Jetta 2.0 Comfortline, rodamos com o sedan por alguns quilômetros em São Paulo. Confira as impressões iniciais sobre o modelo a seguir.
O Jetta disponível para testes era a versão 2.0 TotalFlex Comfortline equipado com o câmbio automático de seis marchas. De cara, é notável que a evolução da nova geração. O modelo agrada pelas linhas que transmitem a sensação de um carro robusto mas com certo requinte. No interior, o acabamento é bom, tem encaixes precisos e materiais, que apesar de aspecto simples, transmite a sensação de boa qualidade.
O painel de instrumentos segue o padrão Volkswagen, com mostradores e informações bem legíveis assim como a tela de cristal líquido do I-System que traz as informações do computador de bordo e também um velocímetro digital. Com ele, pode se ter os dois modos de leitura de velocidade (analógico e digital). Destaque também para a tela de 7″ (opcional) no console central onde são exibidas as informações do rádio e do ar-condicionado Climatronic dual zone.
Os bancos acomodam bem e utilizam um padrão de revestimento em couro agradável ao toque mas esteticamente discutível. Retrovisores possuem aquecimento de série, recurso útil para desembaçamento pela manhã em dias mais frios. A ergonomia geral é boa e a facilidade de acesso aos comandos é auxiliado pelo volante com controles de som e borboletas para as trocas de marchas no modo sequencial.
Impressões iniciais ao dirigir
O banco do motorista do Novo Jetta possui ajuste de altura, que aliado ao ajuste em profundidade e altura do volante, possibilitam encontrar uma boa posição para dirigir com facilidade. Como falamos acima, a visibilidade dianteira do Jetta merece destaque, pois é limpa (limpadores e esguichos ficam ocultos) e a coluna A é relativamente fina, o que amplia a visão e reduz os pontos cegos.
Ao dar a partida, o ronco do motor agrada auxiliado pelo escapamento de saída dupla, apesar de não haver proposta esportiva nessa versão. Em movimento o Jetta também agrada: tem boa visibilidade, filtra bem as irregularidades do solo, mesmo considerando o fato desta versão não possuir o sistema mult-link na traseira. Também tem bom isolamento acústico e o motor de 120 cv não empolga nas acelerações, mas responde bem em baixas rotações e tem como principal vantagem as trocas mais suaves e rápidas do câmbio automático de 6 velocidades.
Em velocidades mais elevadas, o Jetta demonstrou uma excelente estabilidade e pouca inclinação da carroceria em curvas mais acentuadas. Os freios ABS, que contam com disco nas quatro rodas, também se mostraram eficientes e mantiveram o carro sem desvio de trajetória quando simulamos uma frenagem emergencial. Outro destaque nesta versão é o baixo nível de ruído interno quando a sexta marcha é engatada.
Enfim, o Jetta traz design contemporâneo, condução agradável, um bom câmbio automático de 6 velocidades aliado a um bom acabamento e oferta de itens de série interessante para a categoria. No geral, o conjunto não decepciona mas também não encanta. Considerando a versão de entrada, a conclusão é de que a versão automática torna mais nítida a necessidade de um motor de maior potência dado o porte e o segmento do carro.
Agora, aguardamos a disponibilidade para empréstimo do modelo por parte da Volkswagen para trazermos informações mais detalhadas em termos de desempenho, consumo e detalhes.
Galeria de Fotos: Volkswagen Jetta 2.0 Comfortline Tiptronic
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