segunda-feira, 31 de outubro de 2011

O desenho nas ciências

Massironi um estudioso da arte, referiu acerca do desenho que "não existe disciplina cultural que não faça sistematicamente uso (ou não tenha feito uso numa ocasião qualquer) deste instrumento e que num contínuo e prolongado convívio com este, não seja dela o impulso de definir a modalidade de realização mais conforme às suas exigências". 

Se analisarmos a frase anterior rapidamente nos ocorrem situações que justificam o seu sentido. O desenho tem estado ao serviço das mais variadas áreas quer como meio de registo do conhecimento, quer como processo de pesquisar e atingir o conhecimento.
Certas ciências têm absoluta necessidade de se exprimirem e estruturarem pensamentos e saberes de forma visível. Assim vejamos por exemplo como se efectua a compreensão rápida, da forma e estrutura de uma espiral em hélice de DNA (fig.19). Imensos aspectos da física, da química, da astronomia, da geografia, da medicina, etc. são rapidamente compreendidos com o recurso a desenhos, esquemas , gráficos.
Leonardo da Vinci, (séc. XV, Renascimento) foi pintor, desenhador, pensador, cientista, inventor, músico, biólogo, etc., e é difícil mencionar um campo de estudo sobre o qual não se tenha debruçado. De todos estes estudos, deixou uma vasta obra desenhada. Estes registos para além de terem um carácter genial do ponto de vista artístico, demonstram como o desenho constitui um indispensável instrumento de pesquisa, de registo de conhecimento e de meio para inventar e projectar (fig. 20).
Fig. 18
Fig. 19
Fig. 20- Leonardo da Vinci - Estudo do ombro e do úmero

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