sexta-feira, 26 de julho de 2013

A CRIAÇÃO DE ADÃO

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Dando início a esta análise artística especialmente barroca, o que podemos observar em detalhes nessa imagem, é obviamente a criação de Adão, em paradoxo, uma opinião contrária à comum, uma contradição. Fazendo uma leitura visual, podemos perceber explicitamente o esforço em que ambos fazem para tocar-se. Tendo em coerência ao título da pintura “ a criação de Adão”, tira-se a conclusão de que deus está dando vida a Adão, o que é importante observar a expressão facial e corporal para que se tome certeza. O início da bíblia que se trata por gênesis é bem específico nessa questão do “princípio” da vida humana. Vamos observar a figura “senhoril” de deus, vestido com um manto cor de rosa  que a princípio vale lembrar a autoria desta grande obra, que foi feita por Michelangelo e da Vinci, percebemos os traços do autor de “Monalisa” por conta do rosa no manto de deus, o que as pessoas sempre criticavam em teor da sociedade machista daquela época. Mas lembrando que a principal importância que Da Vinci pregava e que os sábios cultivavam, é que não importava qual opção sexual tivesse, o que importava era o que o próprio transmitia através de suas intelectuais pinturas.Deus está sendo abraçado por várias espécies angelicais, e se focarmos bem, especialmente por uma figura feminina que encobre seu corpo, porém as partes não aprecem por compelto. Essa imagem nos passa um interpretação de que possivelmente essa figura feminista seja Eva, que fora criada partindo da costela de Adão, o qual está sendo tocado por deus. Observando mais a fundo esta imagem, percebe-se no fundo dela, uma forma hemisférica cerebral, onde tem-se:

Lobo frontal – responsável pelos movimentos do corpo, planejamento de ações, e ligações emocionais;

Lobo occipital -  área designada por córtex visual, pois processa os estímulos visuais;

Lobos temporais – tem como principal função processar os estímulos auditivos;

Lobos parietais  - Responsável pela recepção das sensações, como o tato, a dor, a temperatura do corpo.

Tudo isso pode entrar em coerência com as ações tomadas na imagem.

          Podemos perceber a diferença entre os espaços de deus e Adão. Uma espécie de espaço interior, por mais que estejam posicionados no mesmo ângulo, percebe-se a partir daí a diferença de universos, do criador e da criatura.

Ao notarmos a nudez de Adão, Michelangelo tinha como temas principais as figuras nuas de seus artistas, pois desenhava a perfeição, o que percebemos ao ver o formato curvilíneo  perfeito de Adão e deus.

Na última visualização na obra de deus, percebemos a fundo, que deus não toca o dedo de Adão, e observe o olhar fixo de Adão esperando ser tocado por deus. Isso foi um ato proposital de Michelangelo, pois concentra uma energia que nós sempre nos questionamos sobre a existência, a de “ser ou não ser” de existir ou não existir sobre a raça humana.

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