As Três Graças foi uma obra realizada por Rafael Sanzio, por volta do ano de 1504, em óleo sobre painel.
Encontra-se exposta no Museu Condé, instalado no Château de Chantilly (em Chantilly), França. Este tem uma dimensão de 17 cm por 17 cm.
Esta obra representa três irmãs: Eufrósina, Talia e Aglaia, que são reconhecidas como as divindades da beleza. Estas espalham alegria na natureza, no coração dos homens e até no dos deuses.
Filhas de Zeus, viviam no Olimpo, acompanhadas das musas. Pertenciam ao séquito de Apolo, deus da música.
Estas transmitem-nos a veste da harmonia.
Rafael utilizava em praticamente todas as suas obras, a geometria, e as três graças não foram por isso excepção, como posso verificar na imagem ao lado. As três irmãs, formam um hexágono irregular, desde os pés, às mãos (que seguram uma maçã) e às cabeças.
Relativamente às cores, podemos verificar que são frias e que nos conseguem transmitir, por isso, a luminosidade. Para além da luminosidade e, apesar de o facto de as cores serem frias cortar mais o espírito harmonioso, esta obra também nos transmite a harmonia.
Quando olhamos para esta obra, automaticamente reparamos que, Eufrósina, Talia e Aglaia, têm as três uma maçã vermelha na mão. Esta maçã significa o fruto proibido. Mas porquê o fruto proibido? Na nossa opinião, pensamos que seja pelo facto de elas próprias serem esse fruto, já que são divindades da beleza e, ainda pelo facto de serem elas mesmas a quererem alguma coisa que não possam ter.
A posição em que Eufrósia, Talia e Aglaia se encontram parece transmitir suavidade, delicadeza e não rigidez. Aglaia (lado direito) e Talia (centro) encontram-se a olhar para o mesmo sítio, enquanto que Eufrósia não.
Nesta obra, podemos ainda observar o naturalismo, ou seja, a presença da natureza. Mesmo por de trás destas beldades, podemos encontrar um lago, e ainda alguma vegetação, e montanhas.
Como já era de esperar, a Antiguidade Clássica tinha de estar presente, já que o Homem renascentista era um grande fã desta. Os gregos utilizavam bastante a representação a nu, e Rafael Sanzio também a utilizou, o que para a religião Cristã não era bem aceite mas, que passou a ser, pois afinal de contas foi assim que Deus nos trouxe ao mundo. Para além da representação do nu, as próprias personagens são uma demonstração da utilização do Classicismo.
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