SANTOS DE OURO
Protegidos pelas doze constelações do Zodíaco, os Santos de Ouro são os mais poderosos guerreiros de Atena e têm o cosmo elevadíssimo pelo controle total do
sétimo sentido. Cada um deles vive num templo que representa sua Casa
Zodiacal e são os guardiões do Santuário e, em especial, do Ateneu – o
templo de Atena, que se eleva depois das 12 Casas do Zodíaco e abriga o
Salão do Papa e os aposentos da deusa. Seus Hábitos dourados são os
mais resistentes e poderosos, o que lhes garante a proteção necessária
para suportar os mais terríveis golpes e aplicar movimentos à
velocidade da luz.
Não
só o poder dos Santos de Ouro é incomparavelmente superior ao dos
demais Santos, mas, de um modo geral, suas noções de honradez, ética e
retidão são também inigualáveis.
Eles
agem quase sempre sozinhos. Seus raros encontros se dão somente em
caso de grande ameaça a Atena e ao seu santuário. Nesse momento, se
realiza a chamada União Dourada, sob a presidência do próprio Papa do
Santuário.
Atena
teve a idéia de criar os Hábitos a partir das Escamas dos Marinas logo
na primeira Guerra Santa, travada com o deus Poseidon. Além do
lendário oricalco, matéria-prima das Escamas, a deusa também usou o
misterioso gamânio e os combinou ao ouro, prata ou bronze, de acordo
com a categoria que cada grupo de armaduras teria dentro da hierarquia
do santuário. A areia estelar (‘stardust sand’) somente é usada quando
da necessidade de reparação do Hábito.
A
Enciclopédia Taizen diz que, na época do surgimento dos guerreiros de
Atena, pelo fato de poderem realizar milagres em suas batalhas pelo
bem, o povo passou a chamá-los de “Santos”.
MU E SION DE ÁRIES
Nome:
Referência ao continente perdido de mesmo nome, Mu. Este continente
foi popularizado numa publicação de James Churchward de 1926, segundo o
qual ele se prolongaria por todo o oceano Pacífico, onde por volta de
50.000 anos atrás havia um grande império – embora o nome e os
conceitos básicos tenham sido criados no século 19 pelo viajante e
escritor Augustus Le Plongeon, que imaginou Mu no oceano Atlântico, e
que seria o nome pelo qual os maias conheciam Atlântida. Há cerca de
12.000 anos, este continente submergiu devido a cataclismos naturais.
Os sobreviventes atualmente estariam representados pelas etnias
polinésias e o místico povo da Ilha de Páscoa.
Kurumada
se inspirou nesta lenda para dar origem à raça de Mu e Sion,
sobrevivente deste cataclismo, e para a idealização da Ilha da Rainha da
Morte, sendo os resquícios do continente submerso as pontas das
cadeias de montanhas mais elevadas. Não confundir, porém, com o
continente de Lemúria, que teria ficado no oceano Índico, segundo os
ocultistas.
>
O nome do seu mestre, Sion (do hebraico ‘Tzion, Tsion’, quer dizer
"cume", e também pode ser transliterado como ‘Zion’, cuja pronúncia é
exatamente igual à escrita), vem de “Sião”, nome da colina sagrada em
que ficava o famoso Templo de Salomão, próximo à cidade de Jerusalém, e
também é outro nome desta cidade e também do Estado de Israel.
Sião também é como se chamava antigamente a Tailândia, mas nada em “Saint Seiya” nos faz relacionar o Santo Sion com este país.
Hábito:
Constelação:
Poderes:
A civilização do continente muviano, segundo os ocultistas, é
caracterizada por seres de dons inimagináveis e uma psique altamente
evoluída, além de um demasiado pacifismo. Esse povo adorava as estrelas e
podiam mudar a sua posição sem problemas por meio de sua avançadíssima
tecnologia, capaz de abrir um portal dimensional que sugava tudo à sua
frente (tal como o golpe Extinção Estelar).
Tudo
isso era conseguido graças a um cristal deformador do tempo que eles
possuíam, o que explica as fantásticas habilidades dimensionais e o
teleporte (e o Santo Mu é o mais hábil no teleporte). Assim, o cristal
tinha um papel importantíssimo na sociedade muviana, e isso justifica o
uso da Parede de Cristal e da Rede de Cristal pelo Santo.
Os
grãos de poeira estelar ('stardust', em inglês) são encontrados dentro
de meteoritos, dos quais são extraídos em laboratórios terrestres.
Chamados de condrites carbonados, esses grãos são reservatórios
especialmente férteis de poeira estelar, existentes desde antes de a
Terra ter sido formada, que se condensaram a partir da ejeção de gases
frios de estrelas pré-solares individuais, como em ventos estelares ou
na descompressão do interior de uma supernova.
Uma
propriedade importante da poeira estelar é a natureza dura, refratária
e de alta temperatura dos grãos. Eles se diferenciam muito do sólidos
formados na baixa temperatura do espaço interestelar.
Locais:
Segundo a teosofista Helena Blavatsky, do século 19, os arianos são a
raça-raiz do homem atual, nascida a partir do berço indiano Aryavarta.
Os arianos seriam, segundo a estudiosa, descendentes dos antigos
muvianos, que teriam colonizado o norte e o noroeste da Índia (onde fica
a região do Jammu e Caxemira [ou Jammu-Kashmir, de cuja junção dos
nomes vem "Jamir"]) após o grande cataclismo que destruiu o continente
de Mu.
O
símbolo sagrado dos antigos arianos era o carneiro ainda novo, ou
cordeiro (animal que representa o signo de Áries, cujos nativos são
chamados de “arianos”). Vem deles o costume de ainda hoje considerarmos o
cordeiro como símbolo de pureza, paz e salvação, e as religiões,
posteriormente, se apropriaram deste símbolo.
Eis, pois, a relação que há entre o Santo Mu, a região do Jamir e o carneiro.
Sobre
o Tibete, onde os Santos Sion e Mu nasceram, hoje um território
incorporado à China, sempre foi reconhecido por ser um país de muitos
mistérios, cujos monges budistas ascetas, guias do povo tibetano, eram
vistos como operadores de maravilhosos milagres de acordo com o folclore
local. O exílio do Dalai Lama, obrigado a deixar o Tibete e a se fixar
no norte da Índia, curiosamente nos faz lembrar a vida de Mu, que,
como já dito, nasceu no Tibete, mas reside há muitos anos no Jamir.
Os
esqueletos que protegem o acesso à torre de Mu talvez façam referência
a algumas divindades do budismo tibetano chamadas Citipati (ou
Chitipati). Elas são representadas como dois esqueletos dançando, de um
homem e de uma mulher. Denominavam-se "lordes protetores do
cemitério/sepulturas" e se chamavam Chakrasamvara (ele) e Vajrayogini
(ela).
Segundo
a lenda, os dois foram monges ascetas que, em suas meditações, não
perceberam que bandidos tinham-nos decapitado. Eles viraram então
espíritos vingativos. A cada ano, uma vez no verão e outra no inverno,
monges tibetanos usando máscaras realizam o ritual dos Citipati no
cemitério do mosteiro para simbolizar o ciclo de vida e morte.
O
pagode em que Mu mora, no Jamir, foi inspirado no pagode de Thien Mu,
com o qual o Santo de Ouro se relaciona até no nome. O pagode foi
construído em 1601 na cidade de Long Huong, no Vietnã. A lenda conta a
origem de seu projeto da seguinte forma: durante a noite, uma velha
senhora segurando uma lanterna apareceu e disse: que este lugar seria
perfeito para se construir um templo budista, e todos aqueles que
participassem na sua elaboração receberiam em troca felicidade e
fortuna. Esta lenda explica o nome do pagode (Thien Mu = "Senhora
Celestial"), e pode ser comparada à maneira como Mu se manifesta a
Shiryu, no Jamir, além da clara relação entre o nome do Santo de Áries e
o do pagode.
Imagem:
Pagode de Thien Mu
ALDEBARAN, HASGARD E OX DE TOURO
Nome:
Estrela alfa da constelação de Touro, Aldebaran, do árabe, quer dizer
“aquele que vem atrás”, pois a estrela precede o surgimento das estrelas
Plêiades, de grande significado simbólico, no horizonte. Aldebaran é
uma das vinte estrelas de primeira grandeza do céu.
>
Em japonês, ‘hasugaado’ quer dizer “guarda-lótus’, segundo um tradutor
que encontrei na Internet. Rasgard, outra possibilidade de romanização, é
o nome de uma pequena cidade do noroeste da Bulgária. Já em sueco, a
forma ‘rås gård’ significa “corrida fazenda” (?). Também é aceita pelos
tradutores a grafia Hasguard, nome de uma aldeia em Pembrokeshire, no
País de Gales (Grã-Bretanha). A transliteração para ‘rasgado’, ainda que
possível, é absurda por ser tão ridícula.
> A palavra ‘ox’, do nome do Santo de Touro na versão “Next Dimension”, nada mais é que “boi” em inglês.
Hábito:
Constelação:
Poderes:
Aquelôo e Héracles disputavam a mão da princesa Dejanira, e, na luta, o
deus-rio assumia várias formas diferentes (poder comum entre as
divindades aquáticas). Numa de suas metamorfoses mais impressionantes,
Aquelôo investiu contra o herói sob a forma de um touro. Mas, no momento
em que Héracles lhe quebrou um dos chifres, Aquelôo perdeu grande parte
de sua força e vigor, dando-se por vencido. Isso se relaciona
fortemente com a luta travada entre Seiya e Aldebaran, pois revela
bastante do significado simbólico do chifre, e mostra muito mais além da
simples aposta apresentada pelo Touro ao Pégaso – e não há como pensar
que Kurumada não se apropriou dessa estória da mitologia.
O
chifre, o corno, tem o sentido de grandeza, de superioridade, de
elevação. Simboliza, por isso mesmo, o poder, a autoridade,
características básicas de quem o possui (talvez por isso Aldebaran
aceitasse o Papa no poder sem questionar, por ser o símbolo da
autoridade de Atena na Terra). Reis e guerreiros de culturas diversas
tinham chifres em seus capacetes.
Onde
quer que apareçam, seja nas culturas neolíticas, na iconografia ou
ornamentando os ídolos de forma divina, os cornos marcam a presença da
Grande Mãe da fertilidade. Evocam os sortilégios da força vital, da
criação periódica, da vida inexaurível e da fecundidade, vindo assim a
traduzir, analogicamente, a majestade e os obséquios do poder real.
Sobre
o golpe Grande Chifre (‘Great Horn’, “Grande/Nobre Chifre”), para se
compreender a sua natureza basta verificarmos as definições apresentadas
para o mesmo pela produção do anime: ‘Ifuu Gekisen’ (“Ofensiva
Majestosa”), ou ‘Massive Attack of Aggressive Winds’ (“Ataque Maciço de
Ventos Ofensivos”). Por essas descrições, vê-se que o Grande Chifre é um
golpe baseado em impressionantes rajadas de vento.
O
golpe Nova Titânica (‘Titan’s Nova’) remete às novas, estrelas em
processo de explosão, ao final de sua “vida”. Após a explosão, a nova
passa a se chamar supernova. O termo “titânica”, obviamente, é por conta
da potência do ataque.
Locais:
Hoje o Brasil, onde nasceu e treinou Aldebaran, é dono do maior rebanho
bovino comercial do mundo. Como criador, perde somente para a Índia,
local em que os bois e vacas são considerados sagrados e, portanto, é
proibida a sua comercialização. No entanto, isso não era assim nos anos
1980, época de lançamento de “Saint Seiya”, quando éramos, no máximo, o
quarto maior criador. Mas vejamos o que se segue.
A
revista Cosmo Special lançou, há vários anos, um mapa-múndi exibindo os
locais de treinamento dos guerreiros do Santuário. No caso de
Aldebaran, o mapa indica uma área do norte do estado brasileiro do Pará,
praticamente sobre a ilha de Marajó. Pois bem: nesta ilha se concentra a
maior parte da criação de búfalos (que faz parte do gado bovino) do
estado do Pará, o principal criador do país – e é justamente a imagem de
um enorme búfalo que aparece atrás do Cavaleiro de Touro, quando este
queima o cosmo e utiliza o golpe Grande Chifre. Foi por essa ilha que o
gado bufalino foi introduzido no país no final do século 19, ganhando
projeção durante as últimas décadas. Vinda da Ásia, a bubalinocultura no
Brasil é a mais importante localizada fora daquele continente.
SAGA, KANON, DEÚTEROS E ASPROS DE GÊMEOS
Nome: O ideograma que representa o nome de Saga [善],
segundo o próprio Massami Kurumada, lê-se ‘Zen’ (não confundir com a
filosofia zen-budista), e quer dizer “bom, justo, correto”, como
adjetivo, e “bondade, virtude”, como substantivo. Já o seu nome escrito
na forma katakana (também apresentada por Kurumada) é サガ (SAGA), que quer dizer “natureza única, qualidade inerente, caráter”.
Para
a palavra “saga” há muitos significados em diversos idiomas, mas nenhum
deles se relaciona com o Santo de Gêmeos. Uma antiga estória espalhada
na Internet dizia que o seu nome viria do grego e significaria “duplo”, o
que é falso, pois não há nesse idioma tal palavra com este significado.
> Kanon: ver Kanon de Dragão Marinho, em Marinas.
> Deúteros:
palavra grega que significa, simplesmente, “segundo”, obviamente porque
Deúteros é o irmão gêmeo mais novo de Aspros, o segundo a nascer e, com
isso, dentro das tradições do Santuário de Atena, é a sombra do
primeiro (Aspros), o filho amaldiçoado dos seus pais. Em japonês, o
personagem também é chamado de 双子座の二番目 (Gemini no Nibanme), que se traduz por Segundo de Gêmeos.
> Aspros: ver Guardiões Astrais, em Reino dos Mortos.
Hábito:
O Hábito de Gêmeos, quando em sua forma guardada, lembra bastante uma
estátua dourada da deusa Kannon, de três faces e três pares de braços
levemente dobrados da cima, com as mãos erguidas. Kurumada pode ter se
inspirado realmente nessa estátua para desenhar a armadura de Saga e
Kanon, a partir de uma aproximação fonética entre o nome deste último
personagem e a deusa japonesa da misericórdia (ver Kanon de Dragão
Marinho).
Na
mitologia grega os Dióscuros (“filhos de Zeus”), Castor e Pólux eram os
filhos gêmeos de Leda e irmãos de Helena e Clitemnestra. Kastor
(Castor) é o grego para o animal castor, e Poludeukeis (Poludeuce,
Pólux) significa "o muito doce".
A
rainha Leda concebeu os quadrigêmeos na mesma noite, ao se unir ao seu
marido, o rei Tíndaro, e logo em seguida com Zeus, metamorfoseado em
cisne. Por ser filho de um deus, Pólux foi agraciado com o dom da
imortalidade, enquanto Castor, filho de Tíndaro, nasceu mortal.
Inseparáveis, quando Castor morreu, Pólux recusou a imortalidade
enquanto permanecesse separado de seu irmão. Como Zeus, seu pai, não
podia convencer Hades, o deus dos mortos, a trazer Castor de volta à
vida, ficou decidido que os dois irmãos passariam metade do ano no
Submundo, e outra metade no Olimpo. A versão mais conhecida, no entanto,
é a que conta que Zeus transformou Castor e Pólux na constelação de
Gêmeos.
Castor
especializou-se em domesticar cavalos e Pólux tornou-se um excelente
lutador. A região do Peloponeso, onde moravam, era assolada por piratas
que incessantemente pilhavam as ilhas e amedrontavam o povo com sua
violência desmedida. Castor e Pólux decidiram então livrar a região da
ameaça e derrotaram os inimigos sozinhos e desarmados, feito que os
tornou conhecidos em toda a Grécia como grandes heróis.
A
mitologia conta ainda que eles participaram da famosa caçada ao javali
do Calidão e também estiveram entre os Argonautas, liderados por Jasão,
em busca do velocino de ouro.
Mas
a grande batalha que determinaria os seus destinos aconteceu contra
dois outros irmãos gêmeos: Idas e Linceu, herdeiros do reino da Messênia
e noivos de Hilária e Febe. Os Dióscuros se apaixonaram perdidamente
pelas duas jovens e tentam raptá-las, enfrentando assim a fúria dos
messênios. No combate entre as duas duplas, Idas desferiu um golpe de
lança fatal em Castor, que logo morreu.
Atormentado
pela perda do irmão, Pólux suplicou a Zeus que devolvesse a Castor a
sua vida. Comovido com tamanha fraternidade, o senhor dos deuses propôs a
única solução para salvar o jovem e reunir os irmãos: ele transformou
os Dióscuros na constelação de Gêmeos, onde não poderiam ser separados
nem pela morte.
Os
gêmeos configuram o estado de ambivalência do universo mítico,
especialmente os gêmeos idênticos. Para as culturas primitivas eles
surgem carregados de uma força poderosa – protetora ou perigosa.
Adorados,
mas temidos igualmente, os gêmeos são sempre detentores de um valor
intenso: na África ocidental são mágicos (representados, pelos
descendentes de escravos vindos dessa região, como os deuses-gêmeos
Ibeji, que no sincretismo religioso associaram a São Cosme e São Damião –
que não eram gêmeos, sequer irmãos), mas entre os bantus (da África
centro-meridional) são sacrificados.
Em
todas as tradições os gêmeos, deuses ou heróis, lutam entre si,
altercam, mas podem também auxiliar-se, denunciando, dessa forma, a
ambivalência de sua situação, símbolo da própria condição de cada humano
dividido em si mesmo, ou seja, a tensão interna de um estado
permanente. No fundo, os gêmeos traduzem uma contradição não resolvida.
Como
reflexo no espelho, o gêmeo reflete o outro idêntico e impossível, que,
no entanto, existe. Os gêmeos configuram a temática da oposição entre
Narciso e o Espelho, o ser e o não-ser, a vida e a morte; o homem tem
igualmente no espelho a revelação de sua identidade e de sua
dualidade-revelação da realidade e da idealidade.
Os
mitos acerca dos gêmeos dividem-se em dois grupos: gêmeos de sexo
oposto, que configuram, consoante Jung, o hermafrodita, simbolizando a
integração e a harmonia, conseguidas no fim do processo de individuação,
e gêmeos do mesmo sexo, que representam a luta, o litígio, o conflito, o
espelho, tal como entre Saga e Kanon. Tudo isto, porém, é muito
relativo, porquanto os gêmeos, não importa o sexo da dupla, são o
símbolo geral da dualidade na semelhança e até mesmo na identidade,
porque estampam a imagem de todas as oposições exteriores e interiores,
complementares ou contrárias, absolutas ou relativas, que se transformam
numa tensão criadora.
O
elmo da armadura de Gêmeos lembra bastante os bustos esculpidos do
deus romano Jano. Jano tem duas cabeças coladas de costas uma à outra,
representando expressões opostas: términos e recomeços, passado e
futuro, guerra e paz. Do seu nome, vem o do mês de janeiro, o primeiro
do ano, já que Jano é “o deus que abre as portas”.
Constelação: Gemini, ou Gêmeos, é a constelação do Zodíaco que representa os heróis gregos Castor e Pólux, como já mostrado mais acima. O planeta-anão Plutão foi descoberto próximo a Wasat, a estrela delta Geminorum, em 1930, por Clyde Tombaugh. Quem sabe não foi por isso que Saga teve tanto destaque no arco de Hades, cujo nome romano é Plutão?
Constelação: Gemini, ou Gêmeos, é a constelação do Zodíaco que representa os heróis gregos Castor e Pólux, como já mostrado mais acima. O planeta-anão Plutão foi descoberto próximo a Wasat, a estrela delta Geminorum, em 1930, por Clyde Tombaugh. Quem sabe não foi por isso que Saga teve tanto destaque no arco de Hades, cujo nome romano é Plutão?
As
constelações vizinhas a Gêmeos, de acordo com as fronteiras modernas,
são Lince, Auriga, Touro, Órion, Unicórnio, Cão Menor e Câncer.
Poderes:
O golpe "Explosão Galáctica" de Saga foi provavelmente inspirado no
ataque 'Galactica Magnum' de Jun Kenzaki (Ring ni Kakero, mangá anterior
de Masami Kurumada). Além disso, no episódio piloto de Ring ni Kakero,
Kenzaki tem a mesma voz do dublador japonês de Saga na fase de Hades no
anime, Ryotaro Okiayu. Quanto ao "Outra Dimensão", parece ser um
amálgama do "Outro Mundo" do personagem Hades e da "Dimensão Divina" do
personagem Apolo, do mesmo mangá.
Locais:
A fictícia ilha grega de Kanon (do grego, “norma, preceito, regra”) é
como muitas das ilhas vulcânicas da Grécia. Ela fica no Golfo Sarônico,
no mar Egeu, diante da península da Ática, podendo ser vista dos pontos
mais altos de Atenas e do Santuário, segundo podemos perceber no mangá
The Lost Canvas.
Kurumada
utiliza aqui a ideia do fogo e do calor intenso do vulcão como forma de
tratamento médico, purificando o corpo e melhorando a saúde. Conforme
sabemos da própria obra, o tratamento também consiste no reforço do
cosmo interior.
O
fato de Deúteros de Gêmeos ser o “demônio” da ilha de Kanon e dada a
sua personalidade, é bem possível que ele seja a antiga encarnação do
Santo Kanon da era atual.
Imagem:
Jano
MÁSCARA DA MORTE, MANIGOLDO E SAGE DE CÂNCER
Nome:
‘Death-mask’, nome original em inglês do Santo, traduzindo para o
português seria “Máscara Mortuária” ou “Máscara Fúnebre”. “Máscara da
Morte” é uma tradução ao pé-da-letra que muita confusão causou em torno
do macabro costume que o guerreiro tem de decorar o seu templo com
“cabeças”, que hoje sabemos serem máscaras mortuárias.
Em
Roma, no período Republicano (entre os sécs. V e I a.C.) as famílias de
posses mandavam fazer máscaras mortuárias dos seus parentes (mortos, é
lógico!), usadas na ocasião dos enterros, e eram, logo então, postas nas
paredes do átrio (pátio interno) da casa. Essas máscaras da morte eram
feitas de argila crua ou de cera (o que explica aquela cena bizarra de
Shiryu pisando naquela cabeça no chão e que sempre pensei que se tratava
de cabeças de verdade; mas, como agora eu entendi, tratam de cópias em
cera das vítimas do Santo de Ouro). O costume de se fazer máscaras
mortuárias persiste até hoje, mas colocam-nas, mais apropriadamente, nos
túmulos em que os mortos foram enterrados.
Além
disso, no Japão encontram-se caranguejos chamados 'heike-gani'
(caranguejos-heike). Sua casca se assemelha a um rosto humano. Devido ao
seu grande número na região do mar do Japão, criou-se uma lenda que diz
serem eles a reencarnação dos mortos da família Heike (ou Taira),
derrotados por Genji (ou Minamoto) numa batalha naval em 1185.
Fora
isso, deve-se destacar que a Casa de Câncer é a quarta do Zodíaco. Para
os japoneses, a pronúncia do número 4 é idêntica à da palavra “morte”:
‘shi’. Por isso, ele é considerado um número de mau agouro.
>
‘Manigoldo’ é uma palavra do idioma italiano. Sua tradução é “velhaco,
patife, canalha, traiçoeiro, sacana, imoral, crápula, desprezível,
embusteiro, tratante, enganador, mentiroso, sem caráter” e também
“pessoa malévola, elemento nocivo”, e todos os demais lindos sinônimos
que você puder encontrar. A etimologia do nome italiano revela que
'manigoldo' quer dizer "homem de natureza cruel, feroz, violenta".
Na Bíblia escrita em italiano, “manigoldo” se refere a todo aquele que judiou Jesus nas horas que precederam à sua crucificação.
>
‘Sage’, em inglês (cuja pronúncia seria “sêidj”) e em francês (cuja
pronúncia seria “saj”), significa “sábio, instruído”, “prudente”, e,
também, “circunspeto, sério, solene”. Perfeito para alguém que já ocupou
o posto de Papa do Santuário, durante a Guerra Santa contra Hades no
século 18.
Hábito:A constelação de Câncer também é chamada de Cararanguejo.
Para
o povo moche do antigo Peru, que adorava a natureza, especialmente o
mar, frequentemente representava o caranguejo em suas obras de arte.
Constelação:
Na Grécia antiga, Arato denominou a constelação de Karkinos (mantido
por Hiparco e Ptolomeu), passando para o latim como Carcinus nas
chamadas Tábuas Afonsinas no século XIII (Espanha), donde veio “Câncer”.
Diz
a mitologia grega que, enquanto enfrentava a Hidra de Lerna, Héracles
foi atacado por um caranguejo gigante enviado por Hera para matar o
herói, a quem odiava por ser filho adulterino do seu marido, Zeus.
Porém, Héracles deu um chute tão forte no caranguejo, que este foi parar
no céu, sob a forma da constelação de Câncer. Outra versão diz que o
animal era do tamanho dos caranguejos que conhecemos, e que, dento
beliscado o pé do herói para distraí-lo na luta contra a Hidra, foi
esmagado numa pisada. Hera, compadecida, transformou o pequeno bicho em
constelação, mas de estrelas não muito brilhantes por não ter conseguido
completar sua missão.
A
astronomia chinesa chama a constelação de Câncer de “Gui”, traduzido
para o português como “Fantasmas”, sendo que o nome de um dos seus
asterismos (Jishi) traduz-se como “Cadáveres Acumulados”. Uma de suas
estrelas se chama Jishiqi (“Nuvem de Cadáveres Acumulados) e outra é
Tianshi (“ Cadáveres Celestiais”). Veja logo a seguir em Poderes para
maiores informações sobre a constelação chinesa.
Nos
registros egípcios de cerca de 2000 a.C., foi descrita como Scarabeus
(Escaravelho), o emblema sagrado da imortalidade. Na Babilônia a
constelação era conhecida como MUL.AL.LUL, um nome que pode se referir
tanto a caranguejo como a tartaruga, e parece haver uma forte ligação
entre a constelação e idéias de morte e de uma passagem para o Submundo,
tal como na China.
Poderes:
‘Sekishiki’, o golpe máximo dos Santos de Câncer, vem do japonês ‘seki’
(produto, efeito) + ‘shi’ (defunto, morto) + ‘ki’ (espírito) – donde a
tradução “efeito dos espíritos dos mortos”. ‘Sekishiki’ é a forma
japonesa do mandarim ‘soki-shu-ku’, nome com o qual os chineses chamam o
que nós conhecemos por “Aglomerado do Presépio”, um conjunto especial
de estrelas na constelação de Câncer, e por onde, dizem os orientais,
passam as almas dos mortos quando desencarnam, antes de irem para o
outro mundo (‘meikai’, em japonês). ‘Sekishiki’ também se refere à aura
fosforescente emanada dos cadáveres, o fogo-fátuo. Pelo que constatei em
minhas pesquisas, este objeto nebuloso é o principal objeto celeste na
23ª mansão lunar (Hsiu Kuei ou Xiu Gui) da astrologia chinesa antiga.
Astrônomos chineses antigos viam-na como um espírito ou demônio que
monta em uma carruagem e comparam a sua aparência com uma "nuvem do
pólen levada de amentilhos de salgueiro (willow catkins)."
Aliás,
é justamente esse fogo-fátuo que Manigoldo usa no golpe Sekishiki
Kisouen (“Chamas Azuis do Inferno). Ao menos na cultura ocidental,
imagina-se que o mundo inferior seja tomado por imensas chamas azuis.
Acubens
é o nome de uma das estrelas da constelação de Câncer e marca uma de
suas pinças. Em verdade, o nome da estrela significa “pinça do
caranguejo”, e o golpe é usado pelo Santo de Câncer para cortar a vítima
com as pernas, tal como uma tesoura.
Locais: Muitas
referências podem relacionar Máscara da Morte à Itália (onde ele
nasceu, incluindo a ilha da Sicília, seu local de treinamento), como o
fato de existirem várias entradas para o mundo dos mortos, segundo as
antigas lendas da região, além da origem histórica das máscaras
mortuárias. Segundo a mitologia romana, por exemplo, a principal entrada
para o mundo inferior na península Itálica estava localizada no lago
Averno, uma cratera coberta de água próximo à cidade de Cumas que foi a
rota usada por Enéias para descer a ele, de acordo com a “Eneida”, do
poeta latino Virgílio. Por conta disso, a palavra ‘Averno’ pode ser
usada como referência a todo o mundo inferior, sendo sinônimo de
‘Inferno’.
O
lago Averno era tão terrível que nada podia viver perto dele. Até mesmo
as aves que o sobrevoassem caíam mortas, devido às suas emanações de
gases tóxicos. Estes fatos são atestados pela História oficial, que diz
que o imperador Otávio Augusto mandou aterrar o lago para acabar com a
mortandade que ocorria na região.
Diz também a mitologia grega que a cratera do vulcão Etna, na ilha da Sicília, guarda a entrada para o mundo inferior.
Yomotsu
ou Yomi é a palavra japonesa para o submundo em que terríveis criaturas
guardam as saídas. De acordo com a mitologia xintó relatada no Kojiki, é
onde os mortos vão residir e aparentemente se decompor indefinidamente.
Uma vez que tenha servido de alimento à fornalha do Yomi, é impossível
para o morto voltar para a terra dos vivos. Yomi é comparável ao Hades
grego ou ao Inferno cristão e é mais comumente conhecido como Retiro de
Izanami, para onde se vai depois da morte. Izanagui seguiu Izanami até
lá, e, em seu retorno, lavou-se, criando Amaterasu, Susanoo e Tsukiyomi
no processo.
Yomotsu Hirasaka, como é chamada a entrada para o Yomi, traduz-se como “grande colina (‘hirasaka’) da fonte amarela (‘yomi’)”.
Imagem:
Máscara mortuária de Lorenzo de Médici, Itália, 1492
AIOLIA, ILIAS E RÉGULO DE LEÃO
Nome:
Eólia (grego ‘Aiolía’) é como se chamava a ilha governada por Éolo
(Áiolos), o deus dos ventos. De acordo com a descrição de Homero,
Odisseu, após sua estada entre os ciclopes, chegou à ilha de Éolo, que
lhe enviou como ajuda para voltar para casa o vento oeste, Zéfiro.
Vê-se
claramente a relação entre Éolo e a Eólia (Aiolos e Aiolia); é como se o
Santo Aiolia fosse aquele que está sob os cuidados de Aiolos, tal como a
ilha mitológica estava com relação ao deus Éolo.
>
Ilias: Pai de Régulo em The Lost Canvas, e Santo de Ouro de Leão antes
dele. Seu nome vem do grego Iliás ((Ιλιάς), que se traduz como “Ilíada”,
um dos dois primeiros grandes épicos da literatura ocidental, ao lado
da Odisseia, atribuídos ao poeta grego Homero.
>
Régulo é estrela de primeira grandeza na constelação de Leão, e marca o
coração do rei dos animais, tal qual Antares marca o coração do
Escorpião. Do latim “regulus”, quer dizer “reizinho, pequeno rei”.
Esta
foi a designação dada na historiografia e administração colonial
portuguesa aos chefes tribais e outros potentados africanos e mais
raramente da Ásia, nomeadamente de Timor. O título foi utilizado durante
toda a história colonial portuguesa para designar figuras de
autoridade, de qualquer natureza, entre os povos colonizados.
Hábito:
Não se conhece, até o momento, a etimologia de 'léon' ("leão", em
grego): parece tratar-se de palavra não indo-européia. Neméia é da mesma
família etimológica que o verbo 'némein', "distribuir, repartir", donde
atribuir a um rebanho a parte da pastagem para onde o conduz o pastor,
daí fazer pastar, conduzir ao pastoreio, e que o substantivo 'nomós',
pastagem, bosque, daí 'nomádes', os nômades, os que conduziam seus
rebanhos de um lugar para outro, para fazê-los pastar. O latim tem
'nemus', "bosque sagrado", cujo sentido inicial deve ter sido clareira,
onde se celebrava um culto.
Pois
bem, em Neméia, cidade da Argólida, havia um bosque, onde Héracles
matou o terrível leão, filho de Tífon e Équidna, em seu primeiro dos
famosos 12 Trabalhos.
O
Leão de Neméia teria sido criado pela vingativa Hera ou à mesma
emprestado pela deusa Lua Selene, com a finalidade de impor a Héracles
mais uma tarefa árdua e penosa. Escondido num bosque, nas proximidades
de Neméia, o monstro devastava toda a região, devorando-lhe os
habitantes e os rebanhos. Como o animal se entocasse numa caverna com
duas saídas, era difícil aproximar-se dele. O herói atacou-o a
flechadas, mas inutilmente, pois seu couro era invulnerável. Fechando
uma das saídas, o filho de Zeus o tonteou com um golpe de clava e,
agarrando-o com seus braços possantes, o sufocou. Arrancou-lhe a pele,
com ela cobriu os ombros, tornando-os também invulneráveis. Da cabeça do
monstro Héracles fez um capacete.
Para perpetuar a façanha de Héracles, Zeus transformou o Leão de Neméia em constelação.
Constelação:
Poderes:
O plasma presente em seus golpes de luz é na verdade um dos estados da
matéria, o quarto (os outros três são o sólido, o líquido e o gasoso).
Grosso modo, o estado plásmico é como o do gás eletrificado, e é o mais
energizado dentre os quatro estados da matéria. Apesar de pouco
conhecido pela maioria das pessoas, o estado de plasma é o mais
abundante no universo, compondo mais de 99% de sua totalidade conhecida.
A matéria das estrelas, por exemplo, está no estado de plasma, e o Sol –
regente do signo de Leão, segundo os astrólogos – é também uma estrela.
Aiolia herdou o seu "Plasma Relâmpago" diretamente de uma personagem de ‘Ring ni Kakero’, Vênus, um dos doze deuses gregos.
Na revista Jump Gold Selection 3,
foi declarado que, durante a fase de desenvolvimento de 'Saint Seiya',
Kurumada queria que o protagonista da série fosse protegido pela
constelação de Leão, que usaria um ataque baseado na chuva de meteoros
chamada Leônidas. No fim, ele deu a constelação de Pégaso ao
protagonista, Seiya, que ficou com o ataque baseado nos meteoros. No
entanto, em referência a isso, diz a Taizen em japonês que o "Plasma
Relâmpago" de Aiolia é um "meteoro à velocidade da luz".
Locais:
SHAKA, ASMITA E SHIJIMA DE VIRGEM
Nome: ‘Shaka’ é a forma japonesa abreviada de Shakyamuni, o Buda. Shakyamuni,
um dos principais títulos de Sidarta Gautama, em sânscrito quer dizer
“o sábio dos Xáquias”, nome de um povo que habitava o nordeste da atual
Índia e o Nepal. Como o Santo Shaka, assim como Sidarta, também é um
Buda (do sânscrito ‘buddha’, “desperto, iluminado”, e já houve vários
Budas), nada melhor que uma homenagem ao maior dos Budas e o fundador de
uma das maiores religiões do mundo.
>
Asmita: Dentro da filosofia indiana jainista, o Yogasutra nos apresenta
uma lista de "cinco poluções ou estorvos" chamados de 'panca-klesah'.
Eles são a ignorância (avidya), o egoísmo (asmita), a paixão (raga), a
malevolência (dvesa) e o apego à vida material (abhinivesa). Para o
nosso interesse, porém, vamos falar apenas do asmita.
O
asmita é idêntico ao ahankar, o ego ou orgulho excessivo segundo as
Escrituras Sagradas dos siques da Índia, um dos "cinco males" ou "cinco
ladrões", as cinco principais fraquezas da personalidade humana em
desarmonia com a sua essência espiritual. Ele dá ao indivíduo a sensação
de ser superior aos outros, o que, no entanto, atesta que eles mesmos
lhes são inferiores. O ahankar/asmita leva à inveja, aos sentimentos de
inimizade e à perturbação entre as pessoas.
Certamente,
a escolha por esse conceito para nomear a pré-encarnação de Shaka é
para mostrar um estado inferior do qual o seu espírito teve que superar
para alcançar a iluminação.
>
‘Shijima’ em japonês simplesmente significa “silêncio”, e este é o
principal atributo da personalidade do Santo de Virgem da versão “Next
Dimension”, pois ele evita de usar a boca para falar, acumulando o cosmo
dessa maneira. Segundo o jogo para PlayStation 2, “Shin Megami Tensei III: Nocturne”, shijima é a razão baseada no silêncio e
na singularidade, influenciada pelo Budismo e o conceito de Nirvana. É
um estado de perfeita harmonia, onde não existe o ego e nem a paixão,
causadores de dissensões, conflitos e destruição. Individualmente é
erradicada, e substituída por uma coletiva paz interior em que cada um é
igual a um deus. Todos trabalham juntos como engrenagens de uma enorme e
firme máquina que é o Universo.
O
conceito de ‘shijima’ compartilha similaridades com a filosofia de
Friedrich Nietzsche e o niilismo (redução a nada, aniquilamento;
descrença absoluta), mas, até o momento, não se sabe se a produção do
jogo criou toda essa conceituação a partir do significado da palavra
(“silêncio”) ou se há algum embasamento retirado de outro lugar.
Hábito:
Astréia (de ‘astér’, “estrela”) é o nome da Virgem (a constelação) e
viveu neste mundo à época da Idade do Ouro, difundindo entre os homens
os sentimentos de paz, justiça e bondade. Mas, tendo os mortais se
degenerado, Astréia deixou a Terra e subiu ao Céu, onde foi transformada
na constelação da Virgem. Públio Vergílio Marão (70-19 a.C), na Écloga
IV, sonha com o retorno da Idade de Ouro, com o regresso de Saturno,
cujo reinado na Ausônia (Itália) teria coincidido com essa idade
paradisíaca. Pois bem, esse retorno de Saturno seria precedido pela
Virgem Astréia.
A
Virgem Astréia, a mulher, será a anunciadora dessa idade feliz, uma vez
que ela, na sua fertilidade, é uma hipóstase da abundância da Terra,
característica básica da Idade de Ouro, como diz Ovídio.
Constelação:
Poderes:
Rikudou Rinne. Rikudou (六道) significa
ao pé-da-letra "seis palavras/mensagens póstumas", mas também é um
conceito do Budismo japonês, originado do Budismo tibetano. O Rikudou ou
Rokudou são os seis reinos (do tibetano 'rigs drug'), as seis
categorias de renascimentos dentro do sistema da cosmologia budista
tradicional (o reino dos devas [deuses], o reino dos homens, o reino dos
ashuras [semideuses guerreiros], o reino animal, o reino dos pretas
[fantasmas famintos] e o reino de Naraka [Inferno]); esses seis reinos
incluem todas as possibilidades, vantajosas e menos vantajosas, de vidas
na Samsara (“fluxo incessante de renascimentos através dos mundos”). Já
Rinne (輪廻),
outro conceito budista, quer dizer "eterno ciclo de renascimento".
Assim, ao aplicar o ‘Rikudou Rinne’, o Santo de Virgem explica e
apresenta, em seis mensagens, o ciclo de renascimento nos seis reinos da
existência a que todos estamos presos. A menos que se adquira a
perfeita sabedoria e alcance a iluminação, não se poderá escapar desta
roda da transmigração, ou Roda da Vida, a Samsara. Aqueles que estão
livres desta roda de transmigração são considerados lamas, iluminados
(ou budas, em sânscrito).
Tenbu Hôrin,
ou “Círculos Dançantes da Lei do Céu”. O hôrin é um conjunto de nove
círculos postos numa haste encontrados no alto dos pagodes budistas. Os
nove círculos representam os cinco grandes budas e os quatro
boddhistavas. Em sânscrito, o hôrin se chama 'dharmachakra'. É uma
representação simbólica do dharma (a Lei, o "Caminho para a Verdade
Superior" do Hinduísmo e do Budismo), também conhecido como a Roda do
Dharma. Tenma Kôfuku. “Rendição (koufuku) do Espírito Demoníaco
(tenma)”. Tenma, ou Espírito Demoníaco, é uma forma com que os japoneses
se referem a Mara, o rei dos demônios que tentam impedir aqueles que
seguem o caminho de Buda. Na cosmologia budista, Mara é o demônio que
tentou Buda Gautama, pretendendo seduzi-lo com a visão de belas mulheres
que, em várias lendas, são ditas serem suas filhas (por isso, no golpe
'Tenma Kôfuku', vê-se a imagem de uma bela mulher). Mara personifica a
inabilidade, a "morte" da vida espiritual. Ele é tentador, desviando os
seres humanos da prática da vida espiritual, fazendo a atração pelo
mundano ou pelo negativo parecer positiva. Já na mitologia hindu, Mara é
uma deusa da morte (mais uma razão para a imagem feminina no golpe de
Shaka).
Tenkuuhaja Chimimouryou. “Suprema
invocação celeste (tenkuuhaja) dos espíritos malignos dos rios e das
montanhas (chimimouryou)”. Os chimimouryou são elementais do folclore
japonês, pequenos espíritos da natureza (normalmente de pássaros,
insetos e outros pequenos animais) que esqueceram a sua forma verdadeira
e adquiriram uma aparência bizarra. Uma tradução/adaptação adequada até
para o tempo da pronunciação do golpe poderia ser “Suprema Invocação
dos Elementais”.
Tenpôrin'in (転法輪印,
"mudra/sinal da roda da lei"). O tenpôrin'in, também chamado ‘seppôin’ é
a junção do polegar com o indicador da mão direita sobre a mão esquerda
com o polegar e o dedo médio unidos, esta com a palma virada para cima.
Os mudras são os gestos que os budistas fazem com as mãos, durante a
meditação. A roda da lei é uma metáfora que representa o ensinamento de
Buda, que se espalha como uma roda que esmaga o mal em seu caminho. É o
'dharmachakra', a Roda da Lei, já citado acima, ao falar sobre o Tenbu
Hôrin. Este mudra é o que o Buda Shakyamuni usava para ensinar a lei. Já
Shaka usa esse mudra para amplificar seu poder e remover as dúvidas de
sua mente.
Om (escrito no mangá sob a forma 南無,
‘namu’), é uma espécie de saudação budista, um “amém”. O Om é o mantra
mais importante do hinduísmo e de outras religiões orientais. Diz-se que
ele contém o conhecimento dos Vedas e é considerado o corpo sonoro do
Absoluto, Shabda Brahman. O Om é o som do infinito e a "semente que
fecunda" os outros mantras, pois é a ponte para atingir os outros
mantras, a vibração primordial, o som do qual emana o Universo, a
substância essencial que constitui todos os outros mantras, a raiz de
todos os sons da natureza. O som é formado pelo ditongo das vogais a e
u, e a nasalização, representada pela letra m. Por isso é que, às vezes,
aparece grafado Aum. Estas três letras correspondem, segundo a Maitrí
Upanishad, aos três estados de consciência: vigília, sono e sonho. Shaka
usa o Om para maximizar a sua energia cósmica.
Kan (também escrito no mangá sob a forma 不動,
‘fudou’) quer dizer “imobilidade, firmeza, permanente,
imperturbabilidade, inerte, inativo”. A sílaba Ham (em japonês Kan) é
usada para Shaka se proteger. No budismo esotérico esta sílaba é
associada a Fudô Myôô (em sânscrito: Acalanâtha), um dos 'myôô' ("reis
esclarecidos") protetores da lei de Buda. Poder-se-ia dizer, portanto,
que Shaka invoca a proteção do Fudô como um representante de Buda.
Por
fim, há uma cena que mostra talvez Shaka ainda criança saindo de uma
flor de lótus com o indicador de uma mão apontando para o céu e o da
outra mão para o chão, dizendo a frase 'tenjô tenga yuiga dokuson' ("em
todo o universo, não há ser mais respeitável do que eu". Esta frase foi
pronunciada por Sidarta no seu nascimento após caminhar sete passos para
cada ponto cardeal.
Locais: O Jardim das Árvores Sal Gêmeas relembra que, segundo a tradição Xáquia, quando
a mãe de Sidarta, a rainha Maia, ficou grávida, ela deixou Kapilavastu
(capital do atual Nepal) para o reino de seu pai para dar à luz.
Contudo, o menino nasceu no caminho, num jardim em Lumbini (também no
Nepal), debaixo de uma árvore sal (‘Shorea robusta’).
O
rio Ganges, em cujas margens Shaka treinou, é tido como sagrado pela
religião hinduísta. Para os hindus, o Ganges é a deusa Ganga, que desceu
do céu por uma trança de Shiva para lavar os pecados dos homens e
tornar a terra pia e fértil. Também é importante para os budistas, pois
foi próximo ao Ganges que Sidarta Gautama alcançou a iluminação e se
tornou Buda, além de ter sido na região do vale desse rio que ele pregou
a sua filosofia, mais tarde convertida em religião.
Imagens:
Árvores sal
Uma flor da sal
Chimimouryou
DOHKO E ROSHI DE LIBRA
Nome:
O nome do Santo de Libra, em japonês e em chinês, quer dizer “Pequeno
Tigre”. “Pequeno Tigre”, ou ‘Dohko’, foi o apelido pelo qual ficou
conhecido Naiya, filho do supremo deus dragão Shen Wo (Yuan-shi
tian-zong, ou ‘Go Rozan’ no Japão [falta confirmação]) com uma jovem
mortal. Quando criança, Naiya se destacava nas artes marciais, possuía
força descomunal, valendo-lhe o apelido recebido, e isso chamava a
atenção de lutadores de todos os cantos da Ásia. Ninguém, no entanto,
era páreo para ele.
O
termo ‘roshi’, que por algum tempo foi acreditado por muitos fãs
brasileiros como o nome do Santo Dourado, na verdade é apenas um título.
No budismo Chan, da China (chamado de Zen, no Japão), o mestre ou
instrutor é chamado de ‘roshi’, “velho mestre”.
>
Roshi: Dohko, naturalmente, também teve o seu roshi, o seu "velho
mestre", mostrado em The Lost Canvas. Seu nome verdadeiro ainda não foi
revelado. A princípio um ser humano, após ver sua noiva falecer o roshi
passou a se isolar das pessoas, dedicando sua vida ao ódio. Isso o levou
a modificar até mesmo seu corpo físico, tornando-se um dragão. Somente
mil anos depois é que ele e Dohko se conhecem. O mestre do Santo de
Libra habitava o fundo da cachoeira de Rozan.
Hábito:
A balança de Têmis, que representa o signo de Libra, é símbolo da
justiça, da medida, da prudência, do equilíbrio, já que sua função
corresponde à pesagem dos atos. Associada à espada (outro símbolo de
Têmis, e é a espada de Libra a arma escolhida por Shiryu para libertar
Hyouga do Esquife de Gelo na Casa de Libra), a balança traduz igualmente
a Justiça, mas como duplicação da Verdade. No plano social, trata-se de
insígnias da função administrativa e da função militar, que exprimem o
poder real.
Foi
com uma balança que Zeus, deus da justiça, determinou o destino de
morte do príncipe troiano Heitor, por desígnio das Moiras, as deusas do
destino. Apolo, protetor do príncipe, nada pôde fazer a não ser aceitar a
determinação da justiça e do destino, superiores aos próprios deuses
imortais.
Aparentemente,
os gregos herdaram dos egípcios a balança como símbolo da justiça, pois
a vemos nos murais fúnebres das pirâmides os deuses Anúbis e Maat
pesando o coração dos mortos numa balança para determinar o quão justos
foram em vida e decidir se a sua alma merecia a salvação ou o
aniquilamento. O coração, para os egípcios, era a sede da consciência,
e, no dito julgamento, verificava-se se o morto tinha a “consciência
pesada”.
Constelação:
Poderes:
O golpe “Cem Dragões de Rozan” foi também tirado da lenda do jovem
Naiya. Na adolescência, o filho de Shen Wo enfrentou um demônio que
havia matado cem dragões e aprisionado os seus espíritos em seu corpo.
Como o demônio fora vencido por Naiya, os cem dragões foram libertados
e, após a morte do rapaz (causada pelo pai do demônio por ele
derrotado), o mesmo ressuscitara através do sacrifício de um tigre, e os
dragões divinos passaram a lhe servir em auxílio.
Após ser divinizado, a parte física de Naiya permaneceu na Terra sob a forma de um tigre sagrado, protegido pelos cem dragões.
Sobre
a técnica ensinada por Atena para que vivesse por séculos para poder
vigiar a Torre dos Espectros, o ‘miso-pethaménos’, a sua tradução
literal do grego é “semimorto” – pois ‘miso’é “meio” e ‘pethaménos’ é
uma das formas para “morto” (‘nekrós’ e ‘apothanón’, cujas duas últimas
sílabas vêm de ‘thânatos’, são similares).
Locais:
Na China, o tigre representa a força e a astúcia, e o dragão, o poder e
a majestade imperial, promotor da chuva e da prosperidade. Os símbolos
mais importantes do folclore chinês, especialmente na filosofia taoísta,
os dois seres se relacionam, como visto acima, na lenda do herói Naiya.
Os
tigres sempre foram um eterno rival dos dragões. Assim, várias obras de
arte representam os dois animais lutando uma batalha épica. Uma
expressão em chinês bem usada para descrever rivais de mesmo nível numa
luta (e muitas vezes em esportes, atualmente) é “o dragão contra o
tigre”. Nas artes marciais chinesas, o “estilo do dragão” é usado para
descrever estilos de luta baseados mais na compreensão do movimento,
enquanto o “estilo do tigre” é baseado na força irracional e memorização
de técnicas. Essa é a razão para a caracterização dos discípulos de
Dohko, Shiryu e Ohko.
MILO E KARDIÁ DE ESCORPIÃO
Nome: Milo ou Milos é o nome da ilha grega em que o Santo de Escorpião treinou, cujo nome vem do grego antigo ‘mêlon’, “maçã”.
No
Episódio G, vemos uma pequena menção à relação entre o Santo Milo e a
maçã: a pequena Lithos lhe dá fatias de maçã para acalmar-lhe os ânimos,
quando de uma discussão com Aiolia.
>
Kardiá é a palavra grega para “coração”. Os antigos gregos acreditavam
que o coração era fonte dos pensamentos, da inteligência, da vontade e
da consciência, tradição herdada dos egípcios.
A
estrela de primeira grandeza, Antares, era conhecida na Antiguidade
grega como Kardiá Scorpiou, Cor Scorpius em latim, o Coração do
Escorpião.
Hábito:
Constelação:
Poderes:
“Escorpião”’ é também o nome de uma antiga máquina de guerra com que se
atiravam setas (flechas) e pedras. Também, “escorpião” era o nome das
próprias setas. E o que são as Agulhas Escarlates do Santo de Escorpião
se não um disparo de diversas mini-setas ao mesmo tempo?
A
Restrição parece remeter ao efeito neuroparalisante do veneno do
escorpião, que não mata – e leva o aracnídeo a devorar sua vítima ainda
viva.
No
golpe ‘Scarlet Needle Katakaio’ (“Katakeo”, na forma japonesa, pois é
esta a pronúncia mesmo em grego), a última palavra, ‘katakaio’,
significa “queimado, queimante”. A tradução mais acertada do golpe
seria, então, “Agulha Escarlate Queimante”. Porém, por uma questão
estética, as opções “Incandescente” e “Ardente” podem ser consideradas.
Locais:
A ilha de Milo, segundo consta na Wikipédia em português, é famosa
internacionalmente por conta da grande quantidade de escorpiões lá
encontrada. Sabe-se que as ilhas gregas contêm muitos tipos de
escorpião, mas, fora da Wikipédia, nenhuma relação direta foi encontrada
entre a ilha de Milo e o aracnídeo.
A maçã, já mencionado que é a tradução para o nome original da ilha, era um dos principais símbolos da deusa Afrodite, padroeira da ilha na Antiguidade. Aliás, foi em Milo que, à época romana, encontraram a estátua mais famosa da deusa atualmente. Como os romanos chamavam a deusa Afrodite de “Vênus”, a estátua ficou conhecida como a Vênus de Milo, que, originalmente, segurava uma maçã em uma das mãos. Os braços, infelizmente, foram perdidos.
A maçã, já mencionado que é a tradução para o nome original da ilha, era um dos principais símbolos da deusa Afrodite, padroeira da ilha na Antiguidade. Aliás, foi em Milo que, à época romana, encontraram a estátua mais famosa da deusa atualmente. Como os romanos chamavam a deusa Afrodite de “Vênus”, a estátua ficou conhecida como a Vênus de Milo, que, originalmente, segurava uma maçã em uma das mãos. Os braços, infelizmente, foram perdidos.
AIOLOS E SÍSIFO DE SAGITÁRIO
Nome:
Éolo (Áiolos, em grego) era o deus dos ventos na mitologia grega, sendo
o senhor dos ventos personificados (Bóreas, Úmido Noto, Euro e Zéfiro).
Era filho de Poseidon, e vivia na ilha flutuante de Eólia com seus seis
filhos e suas seis filhas.
Outro
Éolo da mitologia grega foi o rei da Tessália. Era filho de Heleno,
antepassado dos helenos, os antigos habitantes da Grécia. Éolo casou-se
com Enárete e tiveram vários filhos. Uma de suas filhas foi a mãe do
deus Éolo, concebido de Poseidon.
A
personificação dos ventos, de acordo com o imaginário grego antigo, os
mostrava todos do sexo masculino, com enormes asas emplumadas nas
costas, e outras menores nos pés e, por vezes, na cabeça. Foi baseado
neles que Kurumada ideou o Hábito de Sagitário, pois é com esta
aparência que o usuário da armadura fica. A única exceção entre os
deuses dos ventos era Zéfiro, o vento oeste, que tinha asas de borboleta
e uma coroa de flores na cabeça.
>
Sísifo: Na mitologia grega, Sísifo, filho de Éolo, o rei da Tessália, e
Enárete (portanto, era tio do deus Éolo), era considerado o mais astuto
de todos os mortais. Foi o fundador e primeiro rei de Éfira, depois
chamada Corinto, onde governou por diversos anos. Casou-se com Mérope,
filha do titã Atlas e uma das sete Plêiades, sendo pai de Glauco, o que
amou a ninfa Cila, transformada em monstro, e avô de Belerofonte, aquele
que domou Pégaso.
Mestre
da malícia e dos truques, Sísifo entrou para a tradição como um dos
maiores ofensores dos deuses. Ele morreu de velhice e Zeus enviou Hermes
para conduzir sua alma ao reino de Hades: por toda a eternidade Sísifo
foi condenado a rolar uma grande pedra de mármore com suas mãos até o
cume de uma montanha, sendo que toda vez que ele quase alcançava o topo,
a pedra rolava novamente montanha abaixo até o ponto de partida por
meio de uma força irresistível. Por esse motivo, toda tarefa que envolve
esforços inúteis passou a ser chamada de "trabalho de Sísifo".
Baseado
neste suplício do personagem mitológico, em ‘The Lost Canvas’ o Santo
de Sagitário vive a repetir o sonho que relembra o momento em que
descobriu a pequena Atena na Península Itálica, recusando-se a deixar a
prisão onírica de Hipnos, pois acreditava ser o responsável pela eclosão
da Guerra Santa contra Hades naquela época.
Hábito:
Quíron ou Quirão, em grego 'Kheíron', nome que é, possivelmente, uma
abreviatura de 'Kheirurgós', "aquele que trabalha ou age com as mãos",
cirurgião, pois que esse centauro foi um grande médico, que sabia muito
bem compreender seus pacientes, por ser um médico ferido.
Filho
do deus Cronos e de Fílira, pertencia à geração divina dos olímpicos.
Pelo fato de Cronos ter-se unido a Fílira sob a forma de um cavalo, o
centauro possuía dupla natureza: eqüina e humana. Vivia numa gruta, no
monte Pélion, e era um gênio benfazejo, amigo dos homens. Sábio,
ensinava música, arte da guerra e da caça, a moral, mas sobretudo a
medicina. Foi o grande educador de heróis, entre outros, de Jasão,
Peleu, Aquiles e Asclépio.
Quando
do massacre dos centauros por Héracles, Quíron, que estava ao lado do
herói e era seu amigo, foi acidentalmente ferido por uma flecha
envenenada do filho de Alcmena. O centauro aplicou ungüentos sobre o
ferimento, mas este era incurável. Recolhido à sua gruta, Quíron desejou
morrer, mas nem isso conseguiu, porque era imortal. Por fim, Prometeu,
que, segundo uma versão do mito, nascera mortal, cedeu-lhe seu direito à
morte e o centauro então pôde descansar. Conta-se que Quíron subiu ao
céu sob a forma da constelação de Sagitário, uma vez que a flecha, em
latim 'sagitta', que se assimila o Sagitário, estabelece a síntese
dinâmica do homem, voando através do conhecimento para sua
transformação, de ser animal em ser espiritual.
Na
Heráldica russa, o brasão de armas de Moscou, o Khimki, traz um
centauro dourado armado de arco e flecha e enormes asas nas costas. O
fato de ele estar rodeado de estrelas e usando estas armas o atesta como
o Sagitário do Zodíaco. Além deste, o brasão de armas que representa o
160º Regimento de Aviação de Operações Especiais do Exército dos Estados
Unidos também traz um centauro alado, mas armado com uma espada e com
uma lua minguante no alto.
Também
deve-se mencionar sobre Pabilsaĝ, que, na Mesopotâmia, era um deus
tutelar da cidade de Isin. Consorte da deusa Nininsinna, mãe de
Gilgamesh, ele foi identificado com a cidade perdida de Larak e é
representado na constelação de Sagitário. O deus Pabilsaĝ era uma
criatura semelhante a um centauro com asas, duas cabeças (uma de pantera
ou outra humana), segurando um arco.
Constelação:
Poderes:
A Flecha da Justiça de Sagitário nos remete à Astrologia. Segundo esta,
o signo de Sagitário é regido pelo planeta Júpiter, o nome do deus dos
deuses e da justiça do panteão romano, equivalente ao Zeus dos gregos. O
signo de Sagitário seria, então, o patrono da justiça.
O
Impulso Luminoso de Quíron, de um lado, referencia diretamente ao
centauro da constelação de Sagitário e, de outro, se relaciona com o
deus Éolos (Aiolos), soberano dos ventos, pois, com esta técnica, Sísifo
cria uma enorme pressão de ventos dourados até explodi-la.
Locais:
Imagens:
Khimki
Brasão de armas do 160º Regimento de Aviação de Operações Especiais do Exército dos EUA
Bóreas
"Bóreas e Orítia", de Evelyn De Morgan
Uma representação de Pabilsaĝ
SHURA, EL CID E IZÔ DE CAPRICÓRNIO
Nome: O nome de Shura é a forma japonesa para Ashura, o conjunto dos ashuras, entidades da mitologia hindu-budista relacionadas à guerra. Em japonês, ‘shura’ também quer dizer “batalha, cena de massacre”. A princípio, Kurumada intentou dar esse nome ao Santo de Gêmeos, o antagonista da primeira fase da estória, mas o autor achou melhor dá-lo ao Santo de Capricórnio, mais condizente com a sua personalidade, que preza o uso da força bruta na batalha.
Os
ashuras são claramente derivados de criaturas perversas do Hinduísmo,
mas adquiriram alguns mitos muito distintos que só são encontrados em
textos budistas. Enquanto todos os deuses do Kāmadhātu (um dos “mundos”
da cosmologia hindu) são sujeitos às paixões em algum grau, os ashuras
mais do que todos se tornaram viciados nelas, especialmente a ira e o
orgulho, a jactância e a belicosidade.
O
estado de um ashura reflete o estado mental de um ser humano obcecado
pela força e violência, sempre procurando uma desculpa para entrar em
uma luta, zangado com todo o mundo e incapaz de manter a calma ou
resolver problemas pacificamente.
>
O espanhol Rodrigo (ou Ruy) Díaz de Vivar (Vivar, 1043 – Valência, 10
de Julho de 1099), chamado de El Cid (do espanhol ‘el’, “o”, e do
mourisco ‘sidi’, "senhor") e de Campeador (Campidoctor), foi um nobre
guerreiro que viveu no século 11, época em que a Espanha estava dividida
entre reinos rivais de cristãos e mouros (muçulmanos). Sua vida e
feitos se ornaram com as cores da lenda, sobretudo devido a uma canção
de gesta (a ‘Canción de Mio Cid’), datada de 1207, transcrita no século
14 pelo copista Pedro Abád, cujo manuscrito encontra-se na Biblioteca
Nacional da Espanha. A imagem que emerge desse manuscrito é a do
cavaleiro medieval idealizado: forte, valente, leal, justo e piedoso.
Mas há outras fontes que lhe pintam um retrato bem menos favorável.
>
Okada Izô (1832-1865) foi um samurai japonês do período Edo tardio,
temido como um dos quatro mais notáveis assassinos do período Bakumatsu,
os chamados ‘Bakumatsu Yondai Hitogiri’, ou "Os Quatro Grande
Assassinos do Bakumatsu". Ele nasceu em Tosa, filho do gôshi Okada
Gihei, que teria sido um camponês que alcançou o grau de gôshi, um tipo
de “mestre” nas artes marciais japonesas.
Izô
e seu parceiro Tanaka Shinbei viveram em Quioto como assassinos sob a
liderança de Takechi Hanpeita. Seu fim foi trágico, morrendo sob tortura
e crucificado.
Hábito:
O Hábito Dourado de Capricórnio parece ter tomado como modelo a
armadura do rei Felipe II da Espanha, conforme uma famosa pintura do
renascentista italiano Ticiano, de 1549 – vendo a imagem mais abaixo,
atentem para as volutas no peito da armadura, as ombreiras côncavas e os
protetores do pescoço e dos quadris. Felipe assumiu o trono da Espanha
em 16/01/1556, enquanto que Shura faz aniversário em 12/01. Como se
poderá ver em muitos momentos da minha pesquisa, Kurumada escolhe datas
muito próximas a eventos importantes da história do país a que o
personagem está relacionado para servir-lhes de dias natalícios.
Amaltéia,
por vezes chamada Aix, nos mitos mais antigos, é a cabra miraculosa que
aleitou Zeus. Outros a consideram como uma ninfa, que, para esconder o
menino de Cronos, o suspendera a uma árvore, para que o pai não o
encontrasse, nem no céu, nem na terra, nem no mar. De qualquer forma,
ninfa ou cabra, Amaltéia era de aspecto tão medonho, que os titãs,
temendo-a, pediram a Gaia que a escondesse numa caverna de Creta.
Pois
bem. Da fúria infanticida de Cronos, escapou tão-somente o caçula,
Zeus. Grávida deste último, Réia refugiou-se na Ilha de Creta, no monte
Dicta ou Ida, segundo outros, e lá, secretamente, deu à luz o futuro pai
dos deuses e dos homens, que foi, logo depois, escondido por Gaia nas
profundezas de um antro inacessível, nos flancos do monte Egéon. Em
seguida, envolvendo em panos de linho uma pedra, ofereceu-a ao marido e
este, de imediato, a engoliu. No antro do monte Egéon, Zeus foi entregue
aos cuidados dos Curetes e das ninfas. Sua ama de leite foi "a ninfa",
ou, mais canonicamente, "a cabra" Amaltéia. Os Curetes seriam, mais
tarde, demônios do cortejo de Zeus. Para que os gritos do deus infante
não revelassem sua existência e presença a Cronos, a ninfa Amaltéia
solicitou-lhes que dançassem em torno do menino, entrechocando suas
lanças e escudos de bronze.
Quando,
mais tarde, a cabra Amaltéia morreu, o jovem deus a colocou no número
das constelações, a de Capricórnio. De sua pele, que era invulnerável,
Zeus fez a égide, sob recomendação de Têmis, escudo mágico cujos efeitos
extraordinários experimentou na luta contra os titãs, servindo-lhe de
arma ofensiva e defensiva. Com esse escudo, eriçado de pêlos como um
tosão, guarnecido de franjas, debruado de serpentes e com a cabeça da
Górgona no meio, Zeus espalha o terror, agitando-o nas trevas, no fulgor
dos relâmpagos e no ribombar dos trovões. Etimologicamente, no entanto,
'aiguís', "égide", nada tem a ver com 'aíks, aigós', "cabra". A
aproximação é meramente fantasiosa e mítica.
Entre
os gregos, a cabra simboliza o raio. A estrela da Cabra na constelação
do cocheiro anuncia a tempestade e a chuva, assim como a cabra Amaltéia,
nutriz de Zeus. Javé se manifestou a Moisés no monte Sinai em meio a
raios e trovões. Como recordação dessa hierofania, a cobertura do
tabernáculo era confeccionada com fios entrelaçados de pêlos de cabra.
O
bode designa muitas vezes Dioniso em transe místico, símbolo de um
recém-nascido para uma vida divina. Nas "orgias" dionisíacas, as
bacantes cobriam-se com peles de cabritos degolados. Em todas as
tradições, a cabra aparece como símbolo da nutriz e da "iniciadora",
tanto em sentido físico quanto místico dos termos.
Constelação:
Poderes:
O golpe “Pedra Saltitante” parece se relacionar com o hábito que os
cabritos monteses têm de saltar com extrema facilidade pelas regiões
montanhosas em que são encontrados.
Mutetori. “Defesa (取り, tori) com as mãos nuas/vazias (無手, mutê)”.
Seiken Ranpu. "Dança impetuosa (乱舞, ranpu) da espada sagrada (聖剣, seiken)".
Locais:
O cabrito montês, também chamado íbex, é um animal selvagem do gênero
Capra, distinguido pelos grandes chifres recurvados no macho, que são
transversalmente sulcados na frente. O íbex é encontrado na Eurásia e no
norte e no leste da África. O nome do íbex vem do latim, emprestado do
ibérico ou do aquitânio, ou ainda do antigo espanhol ‘bezerro’,
traduzido como "touro" – no espanhol moderno, ‘becerro’, "animal de um
ano de idade". Lembremos que Shura é também espanhol de nascimento.
O
íbex pirenaico (‘Capra pyrenaica pyrenaica’) é uma das duas subespécies
extintas do íbex espanhol. A subespécie vivia nos Pireneus (onde Shura
treinou), entre a França e a Espanha e na área circundante, inclusive no
País Basco, Navarra, no norte de Aragão e no norte da Catalunha. Há
algumas centenas de anos eles eram numerosos, mas à época da produção de
Saint Seiya era um animal praticamente extinto. O último íbex pirenaico
natural identificado, uma fêmea denominada Célia, foi encontrado morto
no dia 6 de janeiro de 2000 (coincidentemente, na época do signo de
Capricórnio, mas isso, naturalmente, nada tem a ver com Saint Seiya). Em
2009, ele foi oficialmente considerado extinto, mas desde 1999 há um
projeto para ressuscitar a espécie por meio de clonagem. Ainda no ano de
2009, um clone nasceu vivo, mas morreu sete minutos depois, devido a
defeitos físicos nos pulmões.
A
História Lateral III diz que ele treinou nas Astúrias, montanhosa
província do norte da Espanha, mas que nada tem a ver com os Pireneus,
exceto no período do Reino das Astúrias, que existiu entre 718–925,
tomando todo o norte da Península Ibérica, alcançando as fraldas oestes
da cadeia de montanhas. O Estatuto de Autonomia da província asturiana
se deu a 11 de janeiro de 1982, um dia antes do aniversário do Santo de
Ouro.
Imagens:
Íbex
Íbex pirenaico
Íbex pirenaico
CAMUS E DÉGEL DE AQUÁRIO
Nome:
O argelino Albert Camus (1913-1960), romancista, dramaturgo, ensaísta e
jornalista, viajou pelo mundo até se fixar em Paris, onde conquistou a
cidadania francesa. Participou do movimento da Resistência, por ocasião
da ocupação da França na 2ª Grande Guerra, como redator clandestino do
jornal ‘Combat’. Trabalho feito em meio às mais incríveis dificuldades,
mudando de sede do dia para a noite, sempre fugindo e resistindo, sem
jamais desanimar, Camus queria provar ao invasor que, um dia, tudo
aquilo teria um fim. Como romancista, sua obra-prima é ‘O Estrangeiro’,
de caráter fortemente niilista, onde o personagem protagonista, já nas
primeiras linhas do livro, não se mostra abalado ao receber a notícia da
morte de sua mãe – do mesmo modo como o Santo Camus de Aquário parece
não se importar com os sentimentos de Hyouga para com sua mãe.
>
Do francês, "dégel" quer dizer "degelo", pois o Santo de Aquário
anterior é menos “frio” que o atual, mas também quer dizer "abaixo de
zero", referente à baixa temperatura, base do poder do guerreiro. A
palavra vem do verbo ‘dégeler’, “degelar, descongelar”.
‘Dégel’
é também como se chama em francês à fonte natural de gelo e neve criada
temperatura de derretimento, que se eleva acima de zero grau Celsius.
Hábito:
Constelação:
Poderes:
O golpe Kolitso (pronúncia para “Kol'co”, transliterado do russo para o
alfabeto latino) simplesmente quer dizer “Anel”. No mangá original em
japonês, o golpe se chama “Kouri no rin”, “Anel de Gelo”, que em russo seria “Ledovyj Kol'co”.
As
luzes da belíssima aurora boreal (o equivalente nórdico da aurora
austral) eram vistas antigamente como aterrorizantes e misteriosas, onde
se viam terríveis dragões no céu ou divisavam batalhas e navios. Alguns
até chegavam a supor que o céu estivesse em chamas, ou que as
Valquírias desciam do céu.
Daí pode-se ver que a Execução Aurora é um golpe inspirado num fenômeno tido como temível pelos povos setentrionais.
Sobre o Pó de Diamante, ver Hyouga de Cisne.
Locais:
Apesar do Santo de Ouro do século 20 ser francês de nascimento, o homem
que lhe serviu de inspiração nasceu na Argélia, então colônia francesa.
Naturalmente,
a escolha pela Sibéria para ser seu local de treinamento foi somente
para justificar o seu poder de controlar as baixas temperaturas.
AFRODITE, ALBAFICA, CARDINALE E LUGONIS DE PEIXES
Nome:
Para saber sobre a deusa Afrodite, ver em Reino do Céu. No momento,
basta-nos relacionar o título de “mais belo (a)” aos dois, pois, se
Afrodite é a mais bela das deusas da mitologia grega, na verdade um
“prêmio” outorgado no famoso concurso arbitrado pelo príncipe troiano
Páris, o qual desencadearia mais tarde a Guerra de Tróia, o Santo
Afrodite de Peixes é o mais belo dos guerreiros do Santuário.
Sobre a relação entre Afrodite e as rosas, há de se ver mais abaixo, no item “Poderes”.
> Albafica:
Alba, espécie de rosas cujo nome literalmente significa "brancas",
deriva de 'Rosa alvensis' e é associado de perto à 'Rosa alba', e os
seus arbustos crescem como uma trepadeira – e Albafica é mestre na
criação de vastas trepadeiras de rosas brancas (além de vermelhas,
claro). Alias, vemos, em ‘The Lost Canvas’, que a rosa branca é a sua
flor preferida, a arma mais utilizada (enquanto Afrodite prefere a rosa
vermelha).
Páginas
em inglês na Internet dizem que o significado do nome de Albafica é
“grupo de flores brancas”, pois ‘alba’ quereria dizer, em grego,
“branco”, enquanto a partícula ‘fica’, que também viria do grego
(‘ficus’), significaria “grupo de flores”. Mas tais palavras não vêm do
grego, e sim do latim, e a ligação da partícula ‘fica’ com a forma
‘ficus’ é exageradamente especulativa. Outras referências podem ainda
ser bastante esclarecedoras.
Segundo
o dicionário Aurélio, ‘Albafar’ quer dizer “perfume, incenso”
(lembrando que os poderes dos guerreiros da Casa de Peixes se baseiam
principalmente no aroma mortal das rosas demoníacas), e é também o nome
de certo peixe cartilaginoso. Também é o nome de um peixe do tipo
teleósteo, isto é, dotado de ossos.
Nos
países de língua portuguesa, especialmente em Portugal e Cabo Verde,
identificamos ainda a forma ‘albafora’, outro nome do mesmo peixe
cartilaginoso citado acima, e 'albacora' (variedade: ‘alvacora’), peixe
do mesmo gênero que o atum ('Germo alalunga'). Lembremos ainda do tubarão-albafar.
>
Cardinale: A atriz italiana Claudia Cardinale (Claude Joséphine Rose
Cardinale, 1939), nascida de pais sicilianos na cidade de Túnis, capital
da Túnisia, iniciou no cinema após ganhar um concurso de beleza em 1957
– a "Mais Bela Garota Italiana da Tunísia", promovido pela embaixada da
Itália. Atentem para a presença do "Rose" ("Rosa") em seu nome de
batismo.
Ela
é uma libertária com fortes convicções políticas. Ela é uma esquerdista
envolvida em questões das mulheres e dos homossexuais. Ela também cita o
orgulho da sua herança árabe e se envolve em inúmeras causas
humanitárias.
Também se conhece uma variedade de rosas denominada "Cardinale", muito difundida no Japão, em homenagem à atriz.
>
Lugonis: termo que participa da formação de nomes de diversas espécies
de plantas de regiões subtropicais ou tropicais úmidas, como a Alseis
lugonis, a Begonia lugonis, a Miconia lugonis e a Stenostephanus
lugonis, todas endêmicas do Equador (país).
No gaiden (capítulo extra) de The Lost Canvas mostrando uma aventura de Albafica de Peixes, o nome do seu mestre é grafado como “Rugonis” na lápide, mas sabemos que esse tipo de “erro” também já ocorreu nos mangás desenhados por Kurumada quando mostrava as lápides dos túmulos de alguns personagens. Infelizmente, até o momento não foi identificado nada que relacionasse o nome “Rugonis” ao personagem do mangá.
Hábito:
No gaiden (capítulo extra) de The Lost Canvas mostrando uma aventura de Albafica de Peixes, o nome do seu mestre é grafado como “Rugonis” na lápide, mas sabemos que esse tipo de “erro” também já ocorreu nos mangás desenhados por Kurumada quando mostrava as lápides dos túmulos de alguns personagens. Infelizmente, até o momento não foi identificado nada que relacionasse o nome “Rugonis” ao personagem do mangá.
Hábito:
Constelação:
Poderes: Dentre os diversos símbolos da deusa Afrodite, a rosa é o seu preferido, sempre presente nos festivais realizados em sua honra.
Poderes: Dentre os diversos símbolos da deusa Afrodite, a rosa é o seu preferido, sempre presente nos festivais realizados em sua honra.
Arbustos
de rosas, as roseiras, são freqüentemente usados por proprietários de
casas e paisagistas com o propósito de proteger as casas; espinheiros
pontiagudos de muitas espécies de rosas impedem pessoas não autorizadas
de entrar em propriedades privadas. Deve vir dessa característica
paisagística das roseiras que Kurumada imaginou usá-las para proteger o
acesso principal ao templo de Atena no santuário, onde se encontra o
salão do Papa, bem como impedir a passagem do exército dos titãs para o
recinto sagrado dos guerreiros da deusa da paz.
Rosa Demoníaca (ou Diabólica) Real:
a origem da sua toxicidade ainda não foi explicada (geralmente, os
frutos das rosas, em especial os da roseira brava, são venenosos; mas
nada se fala a respeito dos espinhos e do aroma); o termo “real” se
refere a “realeza”, talvez lembrando o rei Carlos XII da Suécia,
mencionado mais abaixo.
Rosa Piranha:
os seus espinhos são tão duros e afiados quanto os dentes das piranhas,
os mais terríveis peixes carnívoros, encontrados nos diversos rios
sul-americanos (como o Tocantins, São Francisco, Paraguai e os da bacia
Amazônica); suas pétalas negras também são imperfuráveis, altamente
resistentes.
Rosa Sangrenta:
tem sua origem no mito da morte de Adônis (deus fenício da vegetação);
ao procurar pelo seu amado morto, por um javali enviado por Ares,
Ártemis ou Apolo, Afrodite feriu seus pés numa roseira branca, tornando
em vermelho as flores que absorveram o sangue da deusa.
Espinhos Carmesins:
esse ataque exclusivo de Albafica consiste no disparo de espinhos
envenenados constituídos pelo seu próprio sangue, que é venenoso; não
aparenta ter alguma origem fora do mangá, exceto que algumas sociedades
usam, de forma similar, dardos envenenados como armas, tais como os
ninjas no Japão e tribos aborígines do Brasil.
Locais: O
rei Carlos XII trouxe a arte da floriografia, a linguagem das flores,
da Pérsia à Suécia (local de nascimento de Afrodite e o primeiro país
ocidental a adotá-la) no início do século 18, dali se espalhando o
costume pela Europa, com a tradução do sueco primeiro para o inglês
(quando a floriografia foi adotada pela nobreza da Inglaterra) e depois
para outros idiomas. A floriografia mais explorada foi a das rosas, a
roseografia.
Quanto
à Groenlândia, onde o Santo treinou, o mar em torno dessa ilha, que é a
maior do globo, é a mais importante região pesqueira do mundo.
O
nome da vila Rhodorio, nos subúrbios de Atenas, talvez venha do grego
‘rhodon, rhoda’, “rosa”, e queira dizer “florido com rosas”. Foi lá que
Albafica passou boa parte de sua vida e protegeu o povoado com as suas
rosas.
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