Matrix Reloaded contém "lições espirituais"
Anos depois, ela volta a ser o assunto do momento.
É capa de revistas, jornais e portais de informação. Assunto no noticiário
da televisão, rádio e até no botequim. A "Matrix" volta a ser
examinada, analisada e dissecada. E desde que o primeiro filme dos irmãos
Wachowski foi apresentado ao mundo, uma centena de leituras surgiram sobre o
universo de Neo, Morpheus e Trinity.
O que é a realidade? O que é a ficção? O que nossos olhos vêem pode ser
manipulado? Seria tudo como uma daquelas ilusões de ótica, que enganam o
raciocínio, mas que pode modificar tudo que vai ao nosso redor? E se isso for
real, como despertar e alcançar a libertação?
Não vamos estragar a
surpresa de "Matrix Reloaded" - que não tem fim, já que a conclusão
do filme só será apresentada no terceiro e último episódio, no final deste
ano. Mas uma coisa dá para se antecipar, se você ainda se recorda do primeiro
longa-metragem. Lembra do Agente Smith, em seus ternos pretos bem cortados, que
perseguia os rebeldes como guarda-costas da Matrix?
Pois
bem, ele não foi tão bem exterminado como você viu no fim do primeiro filme.
Nessa continuação, Smith está de volta, em doses maiores. Virou um vírus de
computador, se proliferou em uma centena dele, perseguindo Neo e tentando
reestabelecer a ordem virtual.
Você já pode ter visto a cena, nos trailers e na internet. No meio da rua, Neo
(Keanu Reeves) volta ao "balé de luta" para se desvincilhar de Smith,
aos chutes e socos. E.... bem, não vamos mais falar da história. Nem dos gêmeos
albinos, nem da busca pela cidade de Zion, nem do chaveiro, nem nada. Descubra
você mesmo.
Mas
só acompanhe um raciocínio. Lendo uma das reportagens sobre o filme, vi o
cuidado dos irmãos Wachowski com os detalhes de roteiro e até de nomenclatura
dos personagens. Daí é que surgem as interpretações dos fãs. E, meio sem
querer, percebi como as letras do nome do Agente Smith pode ser lidas com outro
sentido - "the sin", por exemplo. E não estou falando do jogo de
computador, porque esse outro é "the sim", de "a simulação"
ou "os simulacros".
Esse "the sin" em Matrix, que veio à minha mente, quer dizer "o
pecado". E existe muito em comum entre o que já assistimos sobre a ação
do Agente Smith e o pecado.
O
vigilante da Matrix tem a missão de fazer com que qualquer interferência e
rompimento dessa ordem sejam exterminados. Não importa o caminho para isso.
Pode ser a perseguição nas ruas, prédios e subterrâneos, como também pode
ser a velha negociata à mesa de jantar. No primeiro filme, Cyber, tripulante da
nave rebelde Nabucodonosor, almoça com o agente Smith e declara: "Eu
sei que esse bife não existe. Sei que, quando eu ponho ele na boca, a Matrix
diz ao meu cérebro que ele é suculento e delicioso. E depois de nove anos,
sabe o que eu acho? A ignorância é uma benção".
Vejo
a muitos pensando da mesma maneira: "Eu sei que esse prazer oferecido
pelo pecado não existe, é passageiro. Sei que, quando tenho essa satisfação,
meu coração aceita como sendo o que há de mais importante na vida. E depois
de tantos anos, sabe o que eu acho? A ignorância é uma benção".
Bem antes de Matrix, Paulo já alertava para esse perigo em Romanos 7: 5 -
"Pois, quando estávamos na carne, as paixões dos pecados, suscitadas pela
lei, operavam em nossos membros para darem fruto para a morte".
Isso...quando
estávamos na carne...
Agora, que estamos em Jesus Cristo, como novas criaturas, temos outra missão e
outra orientação espiritual. O bife suculento, o prazer que corrompe nossos
corações, dura menos que uma brisa.
As conseqüências dele, a condenação que traz para a nossa existência, se
prolongam desse plano físico até o espiritual, no julgamento final.
Assim
como Neo, temos condição de exterminar o Agente Smith, ou o pecado, ignorando
a sua influência dele sobre a realidade. Mesmo que, com isso, o pecado tenha um
poder de se reagrupar e voltar para agir sobre nós. Porque quando vencemos uma
tentação, a próxima que nos atinge tem poder dobrado, triplicado e até
elevando à centésima categoria.
Entretanto, a fórmula para vencer mil é a mesma para vencer um. Manter o olhar
e o coração fixos naquele que fez todas as coisas converterem para si, Jesus
Cristo - o autêntico Neo, que prevaleceu sobre toda a ficção de prazer criada
pelo pecado para mostrar o verdadeiro sentido da vida.
Fiquemos
com Paulo, novamente, em Romanos 8:10: "Ora, se Cristo está em vós, o
corpo, na verdade, está morto por causa do pecado, mas o espírito vive por
causa da justiça". A Matrix pode roubar seu corpo e mantê-lo
aprisionado, mas graças ao Filho de Deus sua alma está livre e viva para
buscar a Salvação. "Pois o pecado não terá domínio sobre vós,
porquanto não estais debaixo da lei, mas debaixo da graça" (Romanos 6: 14
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