Muitos
jovens da igreja têm-se perguntado a si mesmos e aos outros: o que é que há
de errado em ir ao cinema para assistir a um bom filme? Um filme que mais cedo
ou mais tarde vai ser exibido no salão social da igreja?
Os argumentos que têm sido
normalmente apresentados como razões para o cristão não ir ao cinema são os
seguintes:
Influência -Ao
entrar no cinema, você pode ser visto por alguém que não sabe que tipo de
filme está sendo exibido.
Transigência -O
freqüentador habitual de cinema pode ser levado gradualmente a assistir filmes
cada vez piores.
Propaganda -Os
"traillers," anunciando os
filmes que entrarão em cartaz a seguir, são muitas vezes uma tentação
irresistível.
Ambiente -O
individuo poderá associar-se com pessoas de baixo calibre moral.
Desperdício de tempo
e dinheiro -Tal
e qual a televisão, o cinema é uma perda de tempo. Difere da televisão por
ser também um desperdício de dinheiro. E o seu dinheiro sustenta Hollywood.
Aí estão as razões
comumente apresentadas. O problema, porém,. é que os nossos jovens acham que
todos esses argumentos são "furados".
A dificuldade básica com
esses argumentos é que eles são. em sua maioria, acidentais, isto é. não se
aplicam a toda e qualquer circunstância. Afinal de contas, você pode entrar no
cinema sem ser visto. Poderá fechar os olhos durante os "traillers".
Poderá ir bem acompanhado. E assim por diante.
Isto não significa, porém,
que as razões apontadas não tenham qualquer valor. Significa apenas que não
são suficientes. Precisamos de um argumento universal, que se aplique a todos,
em todas as ocasiões.
Muito bem: então vamos
expor aqui um outro argumento, que cada cristão professo deverá analisar com
reflexão o que é que a aliança, a Estátua da Liberdade, a Ceia do Senhor e o
aperto de mão têm em comum?
Não adivinham? São todos símbolos.
Símbolo de amor, liberdade, comunhão e amizade, por ordem. E eles têm mais
uma coisa em comum: Não têm valor funcional real, a não ser como símbolos. A
aliança em si, não une ninguém, a tocha que a mulher da Estátua da Liberdade
empunha, não emite nenhuma luz, o pão e o vinho da Santa Ceia não satisfazem
o apetite e não mais apertamos as mãos para mostrar que não temos armas. O
que dá vida a esses símbolos é o significado que há por trás da circunstância,
a essência por trás da substância.
Nós, adventistas, vivemos
cercados de símbolos: a besta, o santuário, o lava-pés, os três anjos, Babilônia,
o sábado, etc.
Podemos assim entender a
importância dos símbolos. A compreensão do valor dos símbolos é de relevância
para todos, pois pode trazer soluções para certos problemas éticos, como o do
cinema, por exemplo.
Muito bem: o cinema é símbolo
de alguma coisa. O cristão também simboliza algo. E o que um e outro
representam são incompatíveis.
Vamos ilustrar: há
alguma coisa de errado em queimar uma pilha de papéis? Não. Há alguma coisa
de errado em sapatear sobre um pedaço de pano? Não. Mas, e se este pedaço de
pano for a bandeira brasileira? E se o monte de papéis for a Bíblia Sagrada? A
coisa muda de figura, não é? Como vocês vêem, estamos lidando com os valores
simbólicos dos objetos, com aquilo que eles representam. E isso faz muita
diferença.
Há alguma coisa de errado
em entrar num prédio para assistir um filme? Aparentemente não. Mas, e se esse
prédio for o cinema?
O cinema, muitas vezes, se
parece com uma igreja. Nos Estados Unidos, Satanás tem alguns templos pagãos
onde aqueles que o adoram podem se reunir. Embora ele procure se comunicar com a
família humana em todos os lugares, o cinema é o lugar mais apropriado para
isso.
Por quê? Porque a indústria
cinematográfica, cujo veículo é o cinema local, não se baseia em princípios
celestiais. Em virtude dos valores que o mantém em boa posição financeira, o
cinema se presta como um púlpito para os sermões de Satanás: é um lugar onde
seus seguidores se reúnem (embora inconscientemente) para ouvir-lhe a voz,
projetada através da tela. E essa pregação, que é complementada com efeitos
sonoros e cenários riquíssimos, é muito mais eficiente do que qualquer sermão
pregado do púlpito.
Aí as massas vão adorar
os deuses do sexo, da violência, da intriga e orgulho. Assim, o cinema pode ser
considerado um símbolo de tudo aquilo que é baixo e degradante na sociedade.
Deve, portanto. um cristão,
adentrar a escura sala de projeção de um cinema, mesmo que o "sermão.'
dessa semana não seja dos piores?
Seria honesto afirmar que
aquilo que uma igreja e um cinema representam são compatíveis?
Lembre-se: você é um símbolo.
Ao professar ser um cristão, você faz as pessoas dirigirem os olhares para além
de você para Deus. Os símbolos cristãos e profanos não podem coexistir lado
a lado, sem que um prejudique o outro, e por alguma razão, quando tentamos unir
os dois, o símbolo profano se torna dominante e o cristão se torna recessivo.
É como misturar água e suco de uva - a mistura sempre se parece com o suco de
uva.
(Texto recebido pela
internet.)
Que comunhão existe entre a
luz e as trevas?
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