Oneiros

Na mitologia grega, os Oneiros (ou Oneiroi - em grego Όνειροι, Sonhos) foram, de acordo com Hesíodo, os filhos de Nix (Noite), e eram irmãos de Hipnos(Sono), Tânato (morte), Geras (velhice) e outros seres, todos produzidos através de partenogénese. Cícero segue esta tradição, mas descreve os filhos de Nyx como progenes de Érebo (Trevas). Eurípedes uma vez os chamou-os de filhos de Gaia (Terra), e há imagens deles como demônios de asas negras. O poeta latino Ovídio apresenta-os não como irmãos de Hypnos, mas como alguns de seus milhares de filhos. Ele menciona três nomes: Morfeu (que se destaca na apresentação de imagens humanas), Ícelo ou Phobetor (que apresenta imagens de animais, pássaros e serpentes), e Fântaso (que apresenta imagens de terra, rochas, água e madeira). Em Ilíada de Homero, um dos Oneiros é retratado como convocado por Zeus, recebendo dele instruções por voz, para que fosse até o o acampamento dos aqueus e entrasse na tenda de Agamemnon, insitnado-o para a guerra. Na Odisseia, são retratados como terra dos sonhos passados, como os fluxos de Oceano, perto de onde os espíritos dos mortos são levados para o reino de Hades. Algumas gravuras em uma caverna dessa região, mostram pessoas adormecidas por Hypnos (Sono em latim). Em outra passagem da Odisséia, são mencionados sonhos (não personificados), por um jogo de palavras de duplo sentido, como: "[...] vindo através de um portão de chifre, se verdadeira (uma brincadeira com as palavras gregas para "chifre" e "cumprir") ou um portão de marfim se falsa (uma brincadeira com as palavras gregas para "marfim"e "enganar")[...]".

Sonhos Premonitórios

Os Oneiros são as divindades que concedem os Sonhos Premonitórios aqueles inspirados pelos mesmos. Sendo esse sonhos cujos fatos vistos ou vivenciados durante o sonho realizam-se no plano material, não se sabe exatamente como os gregos interpretavam essas inspirações, ou como ela era concedida pelos Oneiros, mas pode-se entender que esses deuses retiravam o espírito do corpo da pessoa e as levavam para o plano etéreo, para que esse pudesse ter uma maior noção de espaço-tempo, assim podendo "visualizar" o futuro.

Referências

1. ↑ Teogonia, 211–225
2. ↑ De Natura Deorum, 3,17
3. ↑ Metamorphoses, XI, 633-649
4. ↑ Iliad, II, 1-35
5. ↑ Odyssey, XXIV, 11-14
6. ↑ Thebaid, X, 84-117