A noção de problema adveio da matemática (Proclo, Com. ao I de Euclides), que o distinguiu da noção de teorema. Esta visão de problema diz respeito a algo que parte de uma observação imbuída de algum conhecimento prévio para a tentativa de ser conceber algo ainda desconhecido.
Aristóteles observava o problema no campo da diáletica: dado um problema constatado o indivíduo buscará, no caso dos problemas de ordem prática, à escolha ou à recusa, e nos de ordem teórica, a decisão de verdade ou de conhecimento. Ainda segundo o filósofo, problema pertencer ao campo da diáletica é fundamental, pois esta é a esfera do discurso provável, onde não há verdade absoluta, onde não há ainda ciência. Desta forma dá-se a definição de indeterminação de um problema, algo que será superado pela atividade de investigação científica e posterior determinação deste.
John Dewey (Lógica, 1939, Cap. VI) propôs uma boa definição de problema: é a situação que constitui o ponto de partida de qualquer indagação, ou seja, a situação é indeterminada. Ela se torna problemática no próprio processo de sujeição à indagação. A enunciação de um problema permite a antecipação de uma idéia sobre sua solução. A sistematização da idéia gera o raciocínio, que faz o desenvolvimento de suas questões inerentes. A solução real de um problema é sua determinação da situação embaraçosa inicial. Esta é uma situação unificada e contem relações constitutivas e distintivas. G. Boas (The Inquiring Mind, 1959, p.56) define problema como algo observável fora da norma.
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