Educação Estética
Educar
esteticamente é ao mesmo tempo desenvolver o senso estético, a
capacidade de criar e inserir o individuo nas culturas de todos os povos
e de todos os tempos. Para isso, permitir o acesso a obras musicais,
plásticas, poéticas, teatrais, de qualidade estética e de conteúdos
preferencialmente edificante – é o que é mais necessário.
A Arte, sempre a Arte...
Assim
como o amor deve permear cada gesto, no processo da Educação, a arte
também deve predispor o espírito à reflexão, harmonizar as emoções, para
que a aprendizagem frutifique.
Canções
cantadas pelas próprias crianças; uma música suave de fundo em qualquer
atividade, que exija silêncio e concentração; filmes artísticos para
impregnar os olhos de beleza e a alma de paz; desenhos produzidos a
partir de uma história, de um debate ou de um tema; poesias para induzir
a uma discussão ou para soltar a imaginação... – esses são recursos
indispensáveis numa Educação que procure atingir o indivíduo como um
todo.
Iluminando
o coração com a chama da arte – além da afetividade – o raciocínio se
embebe na emoção e a criança se desenvolve globalmente, sem os perigos
da unilateralidade.
Dicas para a Educação Artística
Material sugerido, que deve ficar ao alcance da criança, numa sala destinada às artes e aos trabalhos manuais:
Papéis
de diferentes cores, texturas e tamanhos; palhetas tradicionais e
pedaços de madeira de vários tamanhos; lápis de cor, canetas
hidrográficas, tinta a dedo, guache, tinta acrilex, pastel oleoso, giz
de cera, aquarela; pincéis, cotonetes, espátulas, brochas; colas;
tesouras; revistas velhas; telas de talagarça. [materiais recicláveis].
Atitudes aconselhadas
· Incentivar a mistura de cores e a busca de diferentes tonalidades;
· Respeitar o trabalho da criança, jamais pegando em sua mão ou dizendo categoricamente como deve desenhar ou pintar;
· Dar
estímulos visuais (quadros, livros, vídeos), auditivos e narrativos
(músicas, histórias, poesias), antes de começar um trabalho;
· Procurar estabelecer um clima de tranquilidade e sossego;
· Respeitar
o ritmo de cada criança, deixando que as que terminarem mais depressa
façam outros trabalhos do mesmo gênero ou diferentes e permitindo às
outras seguirem seu ritmo mais lento e mais detalhista;
· Aplicar
e ensinar variadas técnicas de pintura, desenho, estamparia, argila,
modelagem, colagem, serragem com palitos de fósforos...
· O
professor deve também fazer seus próprios trabalhos (antes, durante ou
depois das atividades dos alunos) para desenvolver seu próprio senso
artístico, para conhecer melhor as técnicas, para compartilhar com as
crianças suas próprias produções;
· Evitar
os trabalhos padrões (como os de dias das mães ou Páscoa), onde todos
fazem a mesma coisa e o produto final fica semelhante ou idêntico;
Tintas e formas
Depois da música, a pintura, que é uma expressão tão natural para a
criança! Mas nunca aquela pintura com meros lápis de cor, de formas
paupérrimas desenhadas e mimeografadas e passadas para todas as
crianças! Isso é anti-arte. È impedir o desenvolvimento da criatividade,
impor modelos fraquíssimos, sem qualquer conteúdo estético e padronizar
atividades artísticas. Ora a padronização é o que mais se opõe à arte,
que acima de tudo é expressão original e livre.
REFERENCIA
INCONTRI, Dora, Vivência na Escola, Bragança Paulista, SP. Editora Comenius, 2005.
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