Hyoga de Cisne, um cavaleiro de bronze, e
Camus de Aquário, um cavaleiro de ouro, são dois personagens que possuem
poderes baseados no gelo e dentre os cavaleiros de gelo, os dois são os
únicos que conseguiram chegar próximo ao Zero Absoluto (Hyoga chegou à
atingí-lo em um determinado momento da luta entre ele e seu mestre
Camus). Mas você sabe o que é Zero Absoluto? Confira esta matéria
especial:
O ZERO ABSOLUTO EM QUESTÃO
Ao contrário da tese das “temperaturas
elevadas”, que foi utilizada desde a antigüidade, seria necessário
esperar até o meio do século XIX para que se soubesse produzir em
laboratório um pequeno pedaço de gelo. Com o uso e o domínio do calor e
do frio, a termodinâmica, ramo da física que apareceu apenas para o fim
do século, não conheceu um desenvolvimento único, que houve no século
seguinte.
Em 1650, foi aumentado o ciclo único de
volume do sólido e líquido que dependia exclusivamente da temperatura
ambiental. Mas só em 1720 é que o alemão Gabriel Fahrenheit serviu-se
desta propriedade para desenvolver o seu termômetro de mercúrio. Alguns
anos antes desta invenção, o sueco Celsius decidiu criar cem divisões
entre a temperatura de fusão na teoria do gelo e a de ebulição da água.
Criou, assim, os graus Celsius. Graças a estes novos aparelhos, que são
os termômetros, ele descreveu as mudanças de estados, de sólido a
líquido, de líquido a gás, que se fazem à temperatura constante, mas
absorvendo o calor e restituindo-o para mudança de estado oposto, de
condensação ou solidificação.
Por último o físico Gay-Lussac, início do
século XIX promulga a lei de dilatação dos gases, V = Vo (1 + t/273)
onde Vo representava o volume do gás a 0°C. Observando que nesta
relação, entre V=0 e t=273°C, para esta temperatura constituir, por
conseguinte, um limite teórico inacessível, o lorde Kelvin escolheu
tomar este valor para origem das temperaturas, que dá o nome de zero
absoluto.
A fim de permitir a calibração dos
termômetros, foi necessário determinar os pontos de temperaturas
termodinamicamente fixas, constituídas por “pontos de transição de
estados” de corpos puros, em condições determinadas. É assim que o ponto
0°C é o de congelamento da água à pressão atmosférica normal tendo
chegando ao ponto “triplo da água” que corresponde ao equilíbrio entre
os três estados, sólido, líquido e gasoso da água, e que se situa a
+0,01°C. É por isso que, desde 1960, “Kelvin”, é a unidade da
temperatura definitiva, não em relação a estes dois pontos fixos, mas em
relação a este ponto da triplica a água, e escreve-se então: 1K =
1/273.16 da temperatura deste ponto triplo. Planck definiu como limite o
zero absoluto não a -273,16°C, mas -273,16°C + ou – 0,01°C.
O que combina perfeitamente com o princípio
de duplo estado da matéria em física quântica (numerosas teorias cuja
de Schrödinger com o “seu gato”). Então, o Zero Absoluto é uma
temperatura que atinge -273,16° C na qual o movimento das moléculas pára
e a energia térmica torna-se nula.
Desde os anos 20, numerosos laboratórios
investigam e tentam aproximar esta temperatura final. Os últimos
investigadores foram os alemães, que graças a um sistema complexo de
LASER tentam se aproximar infinitamente (0,00001K), mas não o atingiu. O
objetivo não foi atingido, mas aproximou-se o máximo possível para
encontrar aplicações concretas deste processo tecnológico. Continuará
impossível atingir realmente este limite: primeiramente, o simples fato
de medir algo que tem influência sobre a matéria e, por conseqüência,
haverá interação com os átomos. Em segundo lugar, na natureza, mesmo com
ondulações e duplicações da matéria, torna-se impossível esta
temperatura (princípio de heinsenberg e schrödinger).
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